19 de abril de 2024
Sergio Vaz

O general falou besteira

Imagem: Arquivo Google – Terça Livre TV

O general Augusto Heleno enfia a cara na areia e culpa o mensageiro pela má notícia.
O general perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado.
Em café da manhã do presidente Jair Bolsonaro com um grupo de jornalistas, nesta quinta-feira, dia 25, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pediu a palavra, e disse que a imprensa tem “obsessão” em criar mal-estar entre núcleos do governo.
Afirmou não haver qualquer desentendimento na “ala militar”, conforme a reportagem de Daniela Pinheiro publicada em O Globo desta sexta, 26/4.
“Tentar plantar essa discórdia é batalha perdida. Parem! Parem com essa coisinha para encher coluna social. Isso apequena o país.”
Com todo respeito, quem apequena o país é o general Augusto Heleno com essas afirmações absurdas, de quem é cego, surdo e mudo, recusa-se a ver a realidade e culpa o mensageiro pela informação contida na mensagem.
Todo mundo está cansado de saber que não é a imprensa que inventa futricas entre alas desse desgoverno.
Até o cimento da Praça dos Três Poderes sabe. Até os barcos do Paranoá sabem. Até os garotinhos que recitam informações para os turistas em Olinda sabem. Até a Velhinha de Taubaté sabe.
Há quase 4 meses alas dentro desse desgoverno se engalfinham, se criticam, se queixam umas das outras. As brigas já resultaram em bem mais de uma dúzia de demissões nos ministérios – incluindo as de dois ministros.
Todo dia tem Twitter de filhote do presidente ou de guru do presidente xingando gente do próprio governo.
É um baixo nível de deixar o mais sujo puteiro como um lugar elegante, educado, fino.
E vem o general dizer que é a imprensa quem tem obsessão em criar mal-estar?
Logo o general Augusto Heleno, tido como um homem preparado, moderado, inteligente, que teria ascendência sobre o capitão tosco, grosso, ignorante, e tentaria impedir que ele fizesse asneira demais?
Ah, general, o senhor perdeu uma maravilhosa chance de se calar.

O Boletim

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