19 de abril de 2024
Colunistas Sergio Vaz

Gentleman Jack


De: Sally Wainright, criadora, Inglaterra, 2019
Nota: ★★★☆
No meio do terceiro dos oito episódios da série Gentleman Jack, caprichada produção da BBC e da HBO de 2019, a protagonista da história, Anne Lister, num momento de muito otimismo, confidencia à sua tia idosa e homônima, Anne, que está pensando em morar com Miss Walker. As duas têm se dado muito bem, e poderiam ser companheiras pelo resto da vida, Anne Lister conta para a tia. Seria uma combinação prudente – duas respeitáveis mulheres morando juntas como companhia uma para a outra.
A ação se passa no interior da Inglaterra, em 1832.
A velha tia, muito mansamente, muito suavemente, responde que sim, seria uma prudente – se Anne fosse homem.
 
Anne Lister demora um pouquinho a responder a esse chamado à razão. Desaparece o sorriso que mantinha no rosto até ali ao revelar para a tia – a pessoa que ela mais respeitava na vida – que ela e Miss Walker estavam se dando muito bem, que ela finalmente pensava ter encontrado uma companheira para a vida inteira.
Depois de um tempo, ela diz: – “A natureza me pregou uma peça. Colocou um espírito ousado como o meu neste vaso, sobre o qual sou obrigada a usar anáguas e babados. Mas eu me recuso a ser intimidada por causa disso!”
É uma história real. Anne Lister nasceu em 1791, em Halifax, então uma cidade acanhada, provinciana, de West Yorkshire, filha de Jeremy Lister, que na juventude serviu no exército britânico durante a guerra da independência dos Estados Unidos.
Inteligente, brilhante, independente, muito à frente de seu tempo, Anne era uma memorialista incansável: descrevia em seu diário detalhadamente todas as suas atividades, incluindo as relações íntimas com outras mulheres. Deixou quase 8 mil páginas de diário – parte dele, exatamente os trechos em que descrevia detalhadamente as relações lésbicas, em um código que combinava elementos de álgebra com grego clássico, e que só veio a ser decifrado quase um século depois de sua morte, já nos anos 1930 (ela morreu em 1840, aos 49 anos).
Vestia-se sempre de preto, em qualquer ocasião. Era chamada de Fred por uma de suas amantes, e, de maneira jocosa, preconceituosa, ofensiva, de Gentleman Jack por muitos de seus contemporâneos. Ficou conhecida como “a primeira lésbica moderna”.
Foi com base nos diários dela que a diretora, roteirista e produtora Sally Wainright criou a série Gentleman Jack. Sally Wainright é uma profissional experiente e extremamente bem sucedida; já assinou os roteiros de 22 títulos, na maioria séries de TV, e foi premiada 4 vezes pelo Bafta para a TV, da Academia Britânica, fora outras 5 indicações.
Fazer uma série sobre a vida de Anne Lister era um projeto que ela acalentava fazia mais de 20 anos. Nascida em Yorkshire, a mesma região da famosa memorialista, ela morou perto de Shibden Hall. a propriedade que Anne Lister herdou de um tio, na qual viveu boa parte de sua vida – e onde se passa boa parte da ação de Gentleman Jack.
A criadora da série define assim a protagonista da série que criou: “uma das mais exuberantes, eletrizantes e brilhantes mulheres da história britânica”.
Depois de ver a série, não dá para discordar da afirmação.

Um início literalmente espetacular

Gentleman Jack começa de uma forma espetacular. Literalmente espetacular, de tirar o fôlego do espectador.
De cara, antes mesmo de surgirem os créditos iniciais, vemos um grave acidente de trânsito – numa estradinha no verdejante campo inglês em 1832, perto de Halifax – o nome da cidade e a data surgem na tela na primeira tomada.
Uma carruagem, levando uma senhora idosa e uma bela jovem, sobrinha e tia, vem numa direção. Na direção contrária, vem uma carroça carregada de coisas, levando uma família de camponeses. Tanto a carruagem quanto a carroça trafegam em velocidade normal.
Um terceiro veículo, uma rica carruagem dirigida por um homem solitário, vem numa velocidade estonteante para os padrões da época – e o destino faz com que essa carruagem se intrometa entre os outros dois veículos no momento exato em que eles estão se cruzando na estradinha estreita.
A carruagem das damas sai um pouco da estrada, deixando as ocupantes assustadíssimas. Da carroça da família humilde, um garotinho que viajava do lado de fora, em cima dos teréns carregados ali, é expelido para fora, justamente num trecho em que a estrada passava perto de uma ribanceira.
A carruagem que provocou o acidente foge a toda velocidade.
Todos os ocupantes dos dois veículos, a carruagem das damas e a carroça da família de camponeses, são levados para a propriedade mais próxima, Shibden Hall, a antiquíssima construção onde moram os Listers. São recebidos, atendidos, ajudados pelos três membros residentes ali, a idosa Anne Lister (Gemma Jones, na foto abaixo), sua sobrinha mais nova, Marian (Gemma Whelan), o pai de Marian, o velho capitão Jeremy Lister (Timothy West), e pelos empregados da propriedade.
Marian manda chamar o dr. Kenny (Daniel Weyman), o médico da família, em Halifax, para cuidar do garoto que foi jogado para fora da carroça. A perna dele foi gravemente ferida. O garoto é filho de William Hardcastle (Joel Morris), um dos inquilinos das terras dos Listers; na carroça estava toda a família Hardcastle.
Na sala de estar de Shibden Hall, os Listers servem bebidas para as duas damas que ainda se refazem do grande susto com o acidente na estrada. A bela jovem é Ann Walker (o papel de Sophie Rundle), de uma das famílias mais ricas de Halifx; a tia (interpretada por Stephanie Cole) está fazendo companhia a ela em sua propriedade.
As assustadas visitantes e os três anfitriões falam sobre o acidente, e depois sobre amenidades, como é de bom tom nos encontros entre pessoas da boa sociedade. A conversa vai parar em Anne Lister, a filha mais velha do capitão Lister. A tia de Ann pergunta como ela vai. Os três anfitriões – a tia, o pai e a irmã de Anne –vão dando informações para as visitantes, e também, é claro, para os espectadores. Ficamos então sabendo que Anne esteve durante um tempo em Hastings, fazendo companhia para uma amiga, Vera Hobart, sobrinha de lord e lady sei lá quem, não importa, que ela havia conhecido em Paris. O noivo dela havia morrido – levara um tiro. E agora ela estava vindo para passar um tempo ali com a família em Shibden Hall
– “Ela ficará muito tempo?”, pergunta a tia de Ann Walker.
– “Duvido”, responde a simpática tia de Anne, que – o espectador percebe imediatamente – adora a sobrinha, tem imensa admiração por ela. “A Inglaterra parece pequena para ela.” E acrescenta que Anne tem planos para viajar novamente para o continente, para Paris, e até mesmo a Rússia.
Durante a conversa, que dura apenas uns dois minutos – e aí está uma fantástica demonstração de qualidade da encenação de Gentleman Jack, dos criadores, dos diretores, dos atores –, o espectador percebe o amor da tia de Anne Lister pela sobrinha. Percebe também que Ann Walker é tímida, quieta, quase não fala – mas presta imensa atenção a tudo o que é falado a respeito de sua quase xará, Anne. E, claro, percebe também que Marian fica profundamente enciumada com a atenção que todos dão à irmã mais velha.
Ela não consegue se conter: – “É incrível. Não importa para onde minha irmã vá, por mais longe que seja, o que quer que esteja acontecendo aqui, ela consegue, em poucos minutos, se tornar o assunto principal de qualquer conversa.”.
Corta, e entra o clipe com os créditos iniciais, que será repetido em todos os 8 episódios, sempre assim – como se usou demais nos filmes dos anos 70, 80, até 90, e tem se usado demais nas séries recentes –, após um introito que dura uns 4 ou 5 minutos.
O momento em que entra o clipe – logo após o desabafo ciumento de Marian, quando estamos com 5 minutos do primeiro episódio – é perfeito. E o clipe em si é um brilho. A música tema composta por Murray Gold é forte, vigorosa, ritmada, com compassos marcantes executados em uníssono por instrumentos de cordas e de sopro. E vamos vendo rápidas tomadas em close-up de uma mulher se vestindo, com corpete e tudo, mas sobre as peças íntimas vão sendo colocadas roupas negras, que poderiam perfeitamente servir para um homem.
Suranne Jones, a atriz que estava com 41 anos em 2019, o ano do lançamento da série, está perfeita para interpretar essa Miss Lister que chamam de Fred ou de Gentleman Jack: uma mulher forte, poderosa, extremamente segura de si, uma força da natureza num universo de mulheres bibelôs, um elefante na loja de porcelana que era a sociedade do campo inglês nos anos 1830.

Um pais em que homossexualidade era crime até ontem

Miss Lister está voltando para Shibden Hall porque algo deu errado em Hastings – exatamente como diz seu pai na conversa com Miss Walker e sua tia logo depois do acidente na estrada.
Tinha estado vivendo, como havia sido dito, na casa da rica senhora Vera Hobart – mas não apenas como companhia, e sim como amante. Mas um sujeito rico havia proposto casamento a Vera Hobart, e, entre o amor e o sexo com outra mulher e o futuro garantido por um senhor rico, ela havia escolhido a segunda opção.
Era o grande problema da sua vida de Anne Lister. Muitas de suas amantes acabavam seduzidas pelo encanto de um bom, seguro, firme, rico casamento. Veremos logo que a mesma coisa havia acontecido com Mariana Belcombe (Lydia Leonard), uma encantadora mulher com quem Anne Lister havia tido um longo romance. Mariana não resistiu quando um homem bem mais velho – e bem mais rico –, um tal Charles Lawton, a havia pedido em casamento. A diferença era que Mariana e Anne continuaram se vendo (e se comendo, é claro) de tempos em tempos, como boas amigas e amantes ocasionais.
Mas o grande desejo de Anne Lister era ter uma união estável, duradoura, tranquila, monogâmica. Um casamento, em suma.
Um dos fios condutores desta minissérie é a relação que se criará entre Anne e Ann – a mulher forte, poderosa, inteligente, viajada, traquejada, então com 41 anos, e a jovem de 29 anos, riquíssima, mas tímida, recatada, insegura.
É uma história de amor interessante, fascinante – duas mulheres que se amam em meio a uma sociedade que não aceita de forma alguma uma ligação homossexual.
A senhora Pristley (Amelia Bullmore), mulher de William Pristley (Peter Davidson), um dos muitos primos de Ann Walker – e, meu Deus, como tinha primos a pobre moça rica –, dirá, no episódio 4:
– “Dois homens foram enforcados em frente à cadeia de York, diante de 6 mil pessoas, por atos não naturais.”
“Atos não naturais.” “Sodomia.” Em 1895, 63 anos depois do ano em que Anne Lister voltou para Shibden Hall e se apaixonou por Ann Walker, o escritor e dramaturgo Oscar Wilde seria condenado e preso pelo crime de sodomia. Nos anos 1950, o matemático Alan Turing, o homem que decifrou os códigos nazistas e, segundo estudiosos, encurtou em cerca de dois anos a Segunda Guerra Mundial, poupando mais de 14 milhões de vidas, foi preso pelo mesmo crime – e obrigado a se submeter a um cruel, desumano tratamento à base de hormônios para perder o vigor sexual.
Apenas em 1967 – em plena era da beatlemania, dos hippies, da minissaia, das drogas aos montes – a homossexualidade, ou, como se dizia lá, a sodomia, deixaria de ser crime na Inglaterra e no País de Gales. Na Escócia, só deixou de ser crime em 1980.
A lei valia para os homens, e não para as mulheres – Anne Lister diz isso para Ann Walker, lá pelas tantas. Mas esses dados dos parágrafos aí acima dão uma idéia de como era forte, poderosa, a homofobia na sociedade britânica.

A relação entre donos da terra e seus inquilinos

Há um outro fio condutor da série criada por essa competente Sally Wainwright, roteirizada por ela e mais outra mulher, Jill Liddington, e dirigida por ela e mais duas mulheres, Sarah Harding e Jennifer Perrott. São as relações entre Anne Lister e seus empregados – tanto os de casa, de Shibden Hall, quanto os inquilinos que ocupavam partes de suas terras, em troca do pagamento de aluguel. E também o projeto dela de passar a explorar o carvão existente no subsolo de suas terras.
Mais do que qualquer outro filme e/ou série passada no campo inglês, Gentleman Jack vai fundo no retrato de como eram as relações entre proprietários e fazendeiros inquilinos.
A série de fato vai misturando esses dois fios condutores – a história de amor e a história de Anne Lister/Gentleman Jack proprietária de terras na Inglaterra rural dos anos 1830.
Anne sabe tratar bem os inquilinos que são bons trabalhadores e não criam problemas para ela ou sua família. Assim, por exemplo, ela faz questão de visitar os Hardcastles, a família que foi a mais atingida pelo acidente na estrada – o menino Henry (Dexter Hughes) teve que ter a perna amputada para sobreviver.
É uma sequência fascinante: os pais do garoto, William e Alice (Joel Morris e Natalie Gavin), ficam obviamente honrados com a visita da proprietária, mas um tanto sem jeito, é claro. Desde o acidente, o garoto Henry não havia pronunciado uma única palavra. Anne senta-se ao lado da cama dele e fala e fala e fala, conta histórias.
De repente, Henry diz: – “Você é homem?”
Os pais ficam chocadíssimos – eufóricos porque o garoto voltou a falar e ao mesmo tempo em pânico porque ele foi grosseiro com a landlady, a proprietária, a patroa.
No IMDb, na página de Trívia sobre a série, há um longo, delicioso parágrafo sobre isso. Vale a pena transcrever:
“Anne fica claramente perturbada pela pergunta (como é indicado nas direções que constam do roteiro), e luta para responder: ‘Esta é …’ (ela hesita; iria dizer ‘uma pergunta interessante’, mas muda de idéia) ‘uma pergunta, e você não é a primeira pessoa que faz. Eu estava em Paris, uma vez, extremamente bem vestida, eu acho. Usava seda. E fitas. Meu cabelo com argolinhas. De um jeito muito de lady, até. E mesmo assim, alguém…’ (ela parece pensar sobre sua tentativa patética de parecer mais convencional) ‘… me confundiu com um… Hummm. Então. Não. Eu não sou um homem. Sou uma lady, uma mulher. Mulher.’”
E a nota do IMDb prossegue: “Na verdade, a Anne Lister real era submetida a um constante fluxo de perguntas sobre seu gênero, ao longo de sua vida, muitos deles surpreendentemente rudes e até obscenos, considerado a era em que ela vivia. Ela anotou em seu diário que as pessoas costumavam apontar para ela e gritar: ‘É um homem!’ Outra passagem em seu diário registrou que uma vez ela encontrou um total estranho que perguntou para ela, em público: ‘Seu pau levanta?’”

Anne assume a administração das terras da família

Bem. Voltando ao relacionamento de Anne com seus empregados e inquilinos. Mais tarde, ela mexe pauzinhos com as pessoas certas para que o garoto Henry Hardcastle seja admitido na escola mais próxima – e ela paga as mensalidades.
Ao mesmo tempo em que se mostra simpática aos bons trabalhadores, Anne é duríssima no trato dos que demonstram ser desleixados, preguiçosos, incompetentes. É o caso de um tal Sam Sowden (Anthony Flanagan), um sujeito preguiçoso, que bebe demais e, em casa, é violento com os filhos pequenos e com a mulher, Mary (Lucy Black). Ele é exatamente o oposto do filho mais velho, Thomas (Tom Lewis), rapagão aí de uns 17 anos, correto, firme, trabalhador. Anne implica com Sam Sowden de cara – não sem razão.
Há toda uma subtrama envolvendo os Sowdens, e que inclui um episódio pesadíssimo, fortíssimo. Não é o caso de revelá-lo – seria spoiler. Mas os Sowdens de fato são os personagens de uma subtrama que continua ao longo de toda a série.
Pelo que a série dá a entender, Anne, até a época retratada ali, nunca havia se metido na administração da propriedade da família. A tia, o pai e a irmã tomavam conta das coisas; um empregado era o encarregado de cobrar o aluguel mensal dos inquilinos como Sam Sowden e William Hardcastle. Quando volta para Shibden Hall após a decepção que foi o casamento da amante Vera Hobart, em 1932 – a época retratada na série –, no entanto, o pai já está muito velho; o tal encarregado das cobranças está doente, e a própria Anne resolve assumir as rédeas. A partir daí, como sua estadia ali vai se prolongando – inclusive, ou basicamente, em função da corte que ela passa a fazer a Ann Walker –, Anne vai despejando sua imensa energia na administração das terras. E vai tomando gosto pela coisa.
Dois homens da região, que conhecem bem o negócio de carvão, conversam com ela, demonstram que suas terras têm carvão, que ela deveria voltar a explorar o mineral. (Já tinha havido uma mina nas terras de Shibden Hall antes, mas ela estava fechada fazia anos.) Eles demonstram para Anne que o homem mais poderoso da região, Jeremiah Rawson (Shaun Dooley), magistrado, empresário, um grande bandido, na verdade, estava usando seu irmão Christopher (Vincent Franklyn), uma pessoa fraca, para dar ordens para seus mineiros roubarem carvão pertencente às terras dos Listers.
Anne vai, então, começar toda uma longa negociação com Christopher Rawson para vender a ele e a seu irmão o direito de explorar o carvão de suas terras – só que ela estipula um preço alto, bem alto, para, na verdade, se ressarcir daquilo que já havia sido roubado. A briga com os Rawsons será séria – e terá implicações, já que os Rawsons são primos não muito distantes de Ann Walker.

Oito episódios sobre um trechinho da vida de Anne Lister

Essa parte dos negócios de Anne Lister, a forma com que ela passa a administrar suas terras, pode à primeira vista parecer um tanto árida, desinteressante. Não é. A rigor, é fascinante. Tão interessante, tão fascinante quanto o outro fio condutor, o da relação amorosa entre Anne Lister e Ann Walker.
A série poderia perfeitamente ficar por aqui, com apenas essa temporada. Quando Mary leu para nós as informações sobre o que acontece na vida real de Anne Lister a partir do ponto retratado até o oitavo e último episódio, no entanto, brinquei que poderiam perfeitamente fazer uma segunda temporada.
E já estão fazendo mesmo. Li depois que ainda em maio de 2019 a BBC anunciou que havia encomendado aos produtores uma segunda temporada, a ser exibida ainda neste ano de 2020.
A vida dessa mulher fantástica já havia sido contada antes num filme feito para a TV britânica, The Secret Diaries of Miss Anne Lister, de 2010, dirigido por James Kent, com roteiro de Jane English. Não conheço as atrizes do elenco: Maxine Peake fez Anne Lister, Anna Madeley fez Mariana Belcombe, Christine Bottomley fez Ann Walker. A coincidência fantástica é a que atriz que fez a tia Anne Lister é a mesma que faz o mesmo papel na série agora, a simpática Gemma Jones.
O filme tem 92 minutos. Imagine! É pouco depois para contar a vida dessa mulher. Esta série tem cerca de 480 minutos – 8 episódios de 1 hora cada –, e só contou os fatos ocorridos entre 1832 e aí 1834…
Será muito bem-vinda a segunda temporada.
Anotação em janeiro de 2920
Gentleman Jack
De Sally Wainright, criadora, Inglaterra, 2019
Diretores Sally Wainwright, Sarah Harding, Jennifer Perrott
Com Suranne Jones (Anne Lister), Sophie Rundle (Ann Walker)
e Gemma Whelan (Marian Lister, a irmã de Anne), Gemma Jones (Anne Lister, a tia), Timothy West (Jeremy Lister, o pai), Rosie Cavaliero (Elizabeth Cordingley, empregada dos Listers), Albane Courtois (Eugénie, a camareira de Anne), Ben Hunter (Joseph Booth, empregado dos Listers), Joe Armstrong (Samuel Washington, especialista em carvão), Peter Davison (William Priestley, primo de Ann Walker), Amelia Bullmore (Eliza Priestley, mulher dele), Saul Marron (James Mackenzie), Jessica Baglow (Hemingway), Thomas Howes (John Booth), Vincent Franklin (Christopher Rawson, empresário de carvão), Shaun Dooley (Jeremiah Rawson, juiz, empresário, bandido), Tom Lewis (Thomas Sowden, o jovem inquilino dos Listers), Lucy Black (Mary Sowden, a mãe de Thomas), Anthony Flanagan (Sam Sowden, o pai de Thomas), Tilly Kaye (Amy Sowden, a irmã), Mason Sutcliffe (Alf Sowden, o irmão), George Costigan (James Holt), Lydia Leonard (Mariana Lawton, a grande amiga de Anne), Joel Morris (William Hardcastle, inquilino dos Listers), Natalie Gavin (Alice Hardcastle), Dexter Hughes (Henry Hardcastle, o garoto que perde a perna), Amy James-Kelly (Suzannah Washington), Bruce Alexander (Mr. Parker), Mason Sutcliffe (Alf Sowden), Stephanie Cole (tia de Ann Walker), Rupert Vansittart (Charles Lawton, o marido de Mariana), Katherine Kelly (Elizabeth Sutherland), Daniel Weyman (Dr. Kenny, o médico de Halifax), Michael D. Xavier (Dr. Steph Belcombe, o médico de York), Brendan Patricks (Thomas Ainsworth), Louise Harding (Mrs. Abbott), Caspar Phillipson (Mr. De Hagemann), Polly Maberly (Lady Harriet De Hagemann), Sofie Gråbøl (rainha Marie da Dinamarca)
Roteiro Sally Wainright, Jill Liddington
Baseado nos diários de Anne Lister
Fotografia Matt Gray, Simon Chapman, Nick Dance
Música Murray Gold
Montagem Richard Cox, Ulrike Münch, David Rees
Casting Andy Pryor, Beverley Keogh
Cor, cerca de 480 min (6h)
Produção Lookout Point Ltd., BBC One, HBO.

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