3 de dezembro de 2024
Eliana de Morais

Comida em viagem: bonitinha, mas ordinária

Em destino desconhecido viajante descolado não se deixa enganar só pela aparência da comida pois pode estar contaminada.

Água duvidosa – comida de rua encanta o turista pelo cheiro e aparência, mas ninguém sabe qual a água que foi usada.

Texto: Fabio Steinberg
Comer e coçar é só começar, já dizia o antigo ditado. Afinal, ninguém é de ferro e pode perder a cabeça diante da aparência e sabor de uma comida apetitosa. Isso ocorre principalmente na alimentação em viagens, quando o turista está com sua guarda mais baixa e aberto a novas experiências. É então que ele se deixa seduzir pelo trio fatal “lugar diferente – estômago vazio – gastronomia apetitosa”. Depois paga a conta da saúde por sua gulodice desvairada.
Falta de higiene
Em ambientes desconhecidos e carentes de higiene, há um risco real de contaminação. Não se engane: por trás do cheiro delicioso e sabor exótico de um alimento pode habitar um exército de bactérias, parasitas e vírus. Autoridades em controle de doenças estimam que a comida imprópria pode causar mais de 200 tipos de enfermidades. Mas não se apavore. Há sete cuidados principais listados pelo site Smarter Travel para evitar transtornos digestivos. Por sinal, a maior parte está relacionada à água não tratada.
Água da bica – é disparado a campeã dos vilões. Se não for tratada, pode provocar diarreias, rotavírus, ou até doenças mais sérias. Não dá para se basear nos hábitos da população local, pois seus organismos podem já estar imunizados. Para evitar problemas, melhor beber água engarrafada, se possível de marca conhecida, ou então fervida. Tampouco é recomendável escovar dentes com água da torneira em lugares desconhecidos.
Gelo – É engano achar que germes de água contaminada morrem ao serem congelados. Como nem sempre dá para saber a origem do gelo consumido, melhor evitá-lo. Na dúvida, só consumir se veio de água engarrafada, fervida ou tratada. Para fugir dos riscos melhor beber água, refrigerante ou cerveja se em garrafa ou água.
Mãos lavadas – não basta o viajante fazer isto, mas tem também que confirmar se quem prepara ou manipula os alimentos adota a prática. Qual a garantia de que a comida ingerida não foi tocada por mãos contaminadas? Há indicadores que ajudam a avaliar se um local cuida bem da higiene. Por exemplo, a ausência de sabonete nos banheiros, atendentes pouco asseados ou ignoram noções de higiene, ou que usam roupas sujas.

Longe dos olhos – Em cozinha mambembe ou de rua quando o cozinheiro lava as mãos?

Comida crua – por trás de uma inocente salada pode se esconder um exército de germes. Por isto, melhor não consumir vegetais ou legumes crus que podem vir de água não tratada. Frutas, só sem casca. Na dúvida, siga a regra: ferver, descascar, cozinhar ou esquecer.
Moscas na comida – ninguém merece uma comida frequentada por moscas. Quando pousam nos alimentos, estes insetos antipáticos produzem dois tipos de contaminação. Um, as patas deixam resíduos de tudo por onde a mosca passou antes – melhor não entrar em detalhes. Dois, elas depositam como brinde extra os restos daquilo que digeriram por aí. Por isto, é arriscado comida de buffet ou de rua, geralmente o lugar favorito para seus sobrevoos maléficos à saúde.
Preferência pelo quente – comida recém-separada, bem cozida e quente, é sinal positivo em segurança alimentar. Uma bactéria se multiplica com maior facilidade em alimentos pouco frios (acima de 4º) ou mal cozidos (menos de 60º). Mas ninguém viaja com termômetro no bolso. Por isto, é mais saudável optar por lugares que fazem comida na hora. Mas que ela venha sempre bem quente, quase fervendo, a ponto de queimar a língua.
Cuidado com o sol – comida pronta pode ser consumida em até duas horas. No entanto, ela se estraga em menor período se a temperatura ambiente for superior a 32º. Debaixo do sol o alimento se deteriora ainda mais rápido. Como o calor amplia o desenvolvimento de bactérias, melhor fugir de comida de rua, exposta diretamente ao calor do sol.

Pode haver riscos de contaminação na alimentação em viagem, mas não precisa exagerar nos cuidados!
Fonte: www.turismosemcensura.com.br

O Boletim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *