Em pronunciamento na noite deste domingo Fernando Haddad escancarou a falácia da pregação em prol da democracia que fez no segundo turno. Como muitos já sabiam e outros tantos desconfiavam, era tudo mesmo da boca para fora.
Voltou a ser o PT de sempre. E a esculhambar as instituições ao acusar o Congresso, pela cassação “ilegal” de Dilma Rousseff, e o Judiciário, pela condenação e prisão de Lula, prática que o candidato abandonara por completo na tentativa de amealhar votos do #elenão.
Não desconfiou das urnas eletrônicas, como seu adversário agora eleito. Fez pior: desconfiou da escolha popular. E desrespeitou a maioria dos brasileiros ao não cumprimentar o vitorioso.
E ainda se arvorou como líder da defesa da democracia no momento em que, democraticamente, a maioria dos eleitores escolheu o novo presidente. Esqueceu-se da lição primária da democracia: Jair Bolsonaro foi eleito pelo povo. E, goste-se dele ou não, será o presidente do Brasil.
Derrotado, Haddad não negou os seus: fez o diabo para tentar chegar lá. Prometia paz, amor e bandeiras brancas se vitorioso fosse. Quando não deu, arregaçou os dentes e eriçou as unhas.
Jornalista, mineira de Belo Horizonte, ex-Rádio Itatiaia, Rádio Inconfidência, sucursais de O Globo e O Estado de S. Paulo em Brasília, Agência Estado em São Paulo. Foi assessora de Imprensa do governador Mario Covas durante toda a sua gestão, de 1995 a 2001. Assina há mais de 10 anos coluna política semanal no Blog do Noblat.