9 de outubro de 2024
Lucia Sweet

O Brasil mudou!

Foto: Arquivo Google – UOL Notícias

Ministros do STF resolveram agora bater de frente com o Ministério Público Federal. Já que cansam de legislar e a maioria dos senadores pusilânimes e com rabo preso não reage. “De onde menos se espera, daí é que não sai nada”, dizia Apparício Torelly, o Barão de Itararé.
É a mesma ala do STF que impede investigações de corrupção em proveito próprio e está usando de chicanas jurídicas para retroativamente anular condenação de CERTOS corruptos, mesmo que para isso o custo-benefício seja alto: anular tudo e beneficiar TODOS os corruptos.
O povo brasileiro assiste, aturdido, à ópera bufa de uma Suprema Corte, em que membros não se importam de rasgar suas biografias e agem como se não precisassem prestar contas a ninguém. Acima deles, só Deus. Eles são a Lei: denunciam, investigam e punem. Só que não!
Com certeza, em breve, veremos juízes partirem para a desobediência civil e pararem de acatar decisões que ferem a Constituição e o ordenamento jurídico. O STF é o guardião da Constituição. O que não é pouco. Mas vocações para o autoritarismo revelam-se mais cedo ou mais tarde. O atual STF considera-se o poder supremo no Brasil. Só que não.
Isso se a PF também não se rebelar e parar de acatar ordens sem o aval do MP, como se no Brasil mandassem onze ditadores. O caos da insegurança jurídica está próximo.
O ex-PGR Rodrigo Janot, disse que, em 2017, PENSOU em matar uma pessoa e PENSOU em cometer suicídio. É crime pensar?
O Barão de Itararé também ensinava: “A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota, o que vai fazer”. E quem diz o que pensou em fazer, é o quê? Só rindo…
No entanto, Alexandre de Moraes declarou que Janot cometeu crime contra a segurança nacional. Já a tentativa concreta de assassinar o presidente da república não foi nada.
Estamos observando um processo de autofagia no sistema judiciário.
O cientista japonês japonês Yoshinori Ohsumi foi laureado, em 2016, com o Nobel de Medicina pela sua pesquisa da autofagia, um processo de limpeza e, principalmente, de “reciclagem” das células.
Segundo o Globo, “Este processo é muito importante, porque se a célula não é capaz de se limpar, haverá uma acumulação de resíduos”, explicou Isabelle Vergne, pesquisadora do CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas, da França), que trabalha com autofagia.
Quem viver verá.
Oito ministros que acham que a Lei é a vontade deles, não conseguirão colocar o Brasil de joelhos nem restabelecer a cleptocracia como regime político. Muito menos acabar com a Lava Jato.
O Brasil mudou.
E o presidente Bolsonaro está certo em não se meter em outro poder. Democracia funciona dessa forma. Há caminhos republicanos resolver casos como esses.
Não podemos esquecer que ninguém defende o crime por “idealismo”.

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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