Um dos trechos mais deslumbrantes de Childe Harold’s Pilgrimage, de Byron, que expressou há quase 300 anos o que ainda sentimos hoje (com uma tradução sem a menor pretensão poética da minha parte, para quem não entende inglês).
There is a pleasure in the pathless woods,
There is a rapture on the lonely shore,
There is society where none intrudes,
By the deep Sea, and music in its roar:
I love not Man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne’er express, yet cannot all conceal.
Há prazeres nos bosques não trilhados,
Há arrebatamento nas praias desertas.
Há companhia, onde ninguém invade,
Junto ao mar profundo: e no fragor do mar há música:
Não amo menos o Homem, mas amo
A Natureza mais, por esse pressentir,
Em que me abstraio de tudo que posso ser,
ou do que tinha sido antes,
para confundir-me com o universo
e sentir o que nunca poderia expressar
e, contudo, não posso esconder.
—Por Lucia Sweet
Excerto de Childe Harold’s Pilgrimage
—George Gordon Byron, (1788 – 1824)
Jornalista, fotógrafa e tradutora.