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O que esperar de Rodrigo Maia, um elemento que tem até codinome — Botafogo — em planilha de propinas da Odebrecht? Em vez de correr para perder as banhas, dá entrevista à Folha, e tem coragem de fazer críticas ao pacote anticrime de Sergio Moro. Principalmente à prisão em segunda instância, que ocorre, na maioria de países civilizados, em primeira instância, dependendo do crime. Corrupção, lavagem de dinheiro, assassinato, tráfico de drogas, por exemplo.
Botafogo “afirmou que o ex-juiz e hoje ministro da Justiça de Jair Bolsonaro tem como ‘estratégia permanente’ a tentativa de acuar as instituições democráticas do país.”
Como se diz na gíria, não é mole, mas tem mais.
O balofo e egocêntrico presidente da Câmara dos deputados ainda teve a parcimônia de dizer “que se algumas das teses do ex-juiz fossem seguidas ao pé da letra, hoje ele não seria ministro da Justiça, mas réu.” Não se enxerga.
Assim como Gilmar Mendes, Botafogo cita as mensagens de hackers divulgadas pelo Verdevaldo. Trata-se de cyber crime encomendado e pago, com alguns dos meliantes já presos.
Aliás, por que será que a extrema imprensa, teima em esconder que Verdevaldo é empresário do ramo de vídeos pornôs gays?
Verdevaldo não é um jornalista respeitável, nunca ganhou um prêmio Pulitzer, nem foi indicado, e é um advogado que defendia o namorado e outros nazistas (literalmente) nos Estados Unidos. Namorado que, preso, foi trocado pelo ex-garoto de programa que se tornou ator nos seus filme e hoje é seu marido e deputado federal pelo PSOL, num imbróglio que envolveu a renúncia do aero wyllys.
Se não fosse essa excrescência de foro privilegiado, em vez de dizer tantas asneiras, talvez Botafogo já tivesse sido condenado e preso.
Quem tem culpa no cartório sabe que o Ministro Moro não tenta acuar “instituições democráticas”. O Ministro combate a corrupção, organizações criminosas, o crime violento e seus cúmplices.

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.