Após a Comissão interamericana de Direitos Humanos da OEA — CIDH — ter concordado em analisar a denúncia da prisão ilegal do jornalista Oswaldo Eustáquio e do deputado Daniel Silveira, Daniel Silveira foi solto — mas não está livre — pelo ministro que o prendeu.
Oswaldo Eustáquio teve a prisão revogada recentemente, mas após ter sido espancado na prisão continua preso: a uma cadeira de rodas.
Vivemos um caso jurídico no mínimo inusitado em que o ministro que os prendeu e soltou é vítima, investigador e julgador, o que nos remete ao Absolutismo da Idade Média, que concentrou todo o poder no rei e na vontade absoluta do monarca.
Esse sistema político que surgiu a partir dos interesses da burguesia emergente, só foi acabar por volta do século XIX, contestado pelos Iluministas.
Aqui no Brasil, curiosamente, pessoas que se autodenominam iluministas, apoiam vivamente a volta do Absolutismo, não mais para cuidar dos interesses da burguesia emergente, mas dos comunistas que até recentemente saqueavam o Brasil, e dos globalistas que cobiçam nossas riquezas naturais e querem dominar o mundo.
Entre alguns teóricos que defendiam o poder absoluto podemos citar, por exemplo, Maquiavel, o mais conhecido, que dizia que o fim justifica os meios, que era mais importante o rei ser temido do que amado e apoiava o uso da violência.
Onde vamos parar, não faço ideia, mas torço por um final feliz, apesar da ameaça real de gente que provou o poder e como uma fera famélica ao provar sangue, faz de tudo para devorar a presa.
Nunca acreditei que viveria para assistir ao que está acontecendo.
Jornalista, fotógrafa e tradutora.