28 de março de 2024
Colunistas Junia Turra

Há mais algum gênio passando mal?

Morreu Beethoven, agora morreu Florian Schneider do Kraftwerk. Tem mais algum gênio passando mal?
Foto: Google – Reporter Diário
Foi Beethoven o responsável pelos estilos musicais que vieram depois… pop, jazz, rock , funk, Tecno…
Ele foi além do que se podia imaginar possível dentro da escala musical. Inverteu a limitação física, a surdez, para ouvir o conhecimento adquirido, os sons guardados, repetidos, imaginados.
Quebrou a regra, foi além da escala musical e garantiu ao mundo a possibilidade de criar ainda mais.
No ano em que acontece mais um jubileu do grande mestre alemão, as comemoracões pela Europa e pelo mundo ficaram suspensas.
Abro parênteses:
Imperdoável, Sr. Bill Gates e Cia Limitada. Ooops! Desculpem…
Mas o suspense acabou e a  barulheira já começou.
Pandemia? Virou pandemônio. E não é .
Much ado about Nothing, que na tradução significa “Muito Barulho Por Nada” – obra famosa de Shakespeare.
Agora é “muito barulho por muito”.
Fecho parênteses.
A ironia do Destino
A Pandemia trouxe a maior das homenagens.
Impressionante, mas o Jubileu do compositor precisava de um algo maior.
E Ludwig Von Beethoven é homenageado pela natureza que canta… os pássaros felizes na Primavera que chegou no hemisfério norte.
E as árvores, e a chuva…
O vento… Ah, o vento…
Disse o poeta português Fernando Pessoa em poesia: “só de ouvir passar o vento, vale a pena ter vivido”.
Só de ter ouvido passar o vento, e os pássaros e Beethoven, e o Kraftwerk, vale a pena ter vivido.
Kraftwerk
A banda alemã foi precursora e abriu a portas para o tecno, o trance, inspirou trilhas espetaculares de cinema, o pop e o rock.
De Depeche Mode, ao Coldplay, The Cure, Duran Duran, compositores clássicos, maestros, e tinha como fã totalmente apaixonado, David Bowie.
O camaleão inglês tinha tudo do Kraftwerk. Era uma das inspirações permanentes.
Bowie dizia: “como não seguir a marcação deles? Basta encher os pulmões, abrir os ouvidos, fechar os olhos e entrar naquele mundo pulsante que é o nosso corpo, o nosso cérebro e a nossa alma”.
Eu que sempre gostei de ouvir os mais velhos, os mais novos, até me permito ouvir gente desafinada…
Uma vez falei de Beethoven e  uma criatura respondeu: “não ouvi porque ele morreu tem um tempinho. Coisa velha”.
Pensando bem, gente assim nasce cega, surda e uma pena que não sejam também mudos.
Se você não teve oportunidade, nunca ouviu falar, não perca tempo. Escute Kraftwerk.
Eu tive a sorte de conviver com pessoas que me “aplicaram nesses sons”. Era o que diziam aqueles que hoje são senhores de respeito.
E eu aprendi. Comecei a buscar por mim mesma e eu tento passar essa sorte que eu tive adiante. Para azar de muitos!
Pena que o quarteto original perdeu hoje, aos 73 anos, Florian Schneider.
KRAFTWERK significa POWER STATION.
Aquela estação produtora de energia.
A banda escolheu o nome porque fazia experimentações com sons, técnica, computadores, todas essas coisas complicadíssimas para a maioria dos
mortais. E o resultado, é inigualável.
KRAFTWERK é o Beethoven depois de Beethoven:
Único! E inesquecível.
OBS. A ressalva. A BBC é mídia com capital islâmico, de esquerda globalista e não utilizo como referencia para me informar sobre Política e fatos ligados a ela.
No caso acima, a matéria da BBC dá um apanhado geral. Bom para quem não conhece a banda. Vale a pena acompanhar conteúdo mais específico.
Junia Turra

Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.

Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.

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