24 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

Que Deus proteja as mulheres do Brasil

São visíveis os sinais que estamos, pouco a pouco, reconquistando a normalidade.

A bem-sucedida vacinação nacional abriu as portas do comércio e humanizou as ruas.

O distanciamento social e o compulsório convívio caseiro perdem a sua validade.

Nem sempre o “fique-em-casa” foi um doce lar conjugal ou familiar, com crianças e animais endiabrados a perturbarem o home office e a fartura de filmes e séries televisivas.

A grande reflexão é saber se a humanidade, que vem superando a tragédia da pandemia, aprendeu a valorizar a sobrevivência e a solidariedade.

Será que as coisas mudaram na proteção da mulher no Brasil?

Ou ela continua apelando para o Salmo 16.1: “ – Protege-me, ó Deus, pois em ti me refúgio”, se não é tratada com respeito, flores, beijos e amor…

Enquanto os políticos esquerdistas no Congresso Nacional fomentam a desunião dos brasileiros e certos togados no Supremo apedrejam a harmonia dos Três Poderes, a mídia alardeia as aterrorizantes estatísticas oficiais do maior genocídio do Brasil.

Os crimes contra as mulheres no 1º semestre de 2021 não recuaram.

Ao contrário, aumentaram: a cada 9 horas, uma mulher foi vítima de feminicídio e houve 180 estupros por dia.

Não pode ser aceito qualquer tipo de violência contra a mulher no Brasil!

No meu último livro A BESTA DE PASADENA da Trilogia do Apocalipse, o principal personagem, a jornalista investigativa Julia detalha “os avanços conquistados pela Lei Maria da Penha, o principal instrumento legal em defesa da mulher”.

Enaltece “a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres com competência cível e criminal, e a rede de apoio das Delegacias de Atendimento à Mulher, da Defensoria Pública, do Ministério Público com os crescentes e múltiplos serviços de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar”.

Também defende as medidas protetivas emergenciais. como a proibição de aproximação do agressor junto às vítimas do “profundo machismo”.

Mas não basta apenas aplicar a Lei Maria da Penha, que completou 15 anos em 7 de agosto.

Se grande parte dos atos de violência contra as mulheres são praticados em casa ou nas vizinhanças, os crimes devem ser punidos com mais rigor pela Justiça.

Não é suficiente endurecer a legislação, incluindo no código penal o crime de violência psicológica contra a mulher, aumentar os serviços das Patrulhas de Prevenção à Violência Doméstica ou vitalizar o programa nacional de cooperação Sinal Vermelho, que, em julho, ampliou o “canal de denúncia de maus-tratos e de violência doméstica”.

É fundamental que nas delegacias de polícia e nos juizados se agilizem os trâmites burocráticos e se implemente com mais eficácia as condenações para que os processos de violência contra as mulheres não caiam nas gavetas do esquecimento ou nas mesas do “amanhã eu decido”.

Torna-se urgente que todos se conscientizem de que quanto mais rápido tramitarem os processos e mais efetiva for a Justiça por meio de um justo julgamento punitivo, mais se desestimulará o aumento das agressões contra as mulheres e se desencorajará a repetição desses crimes verdadeiramente odiosos.

“Não podemos ouvir calados que o Brasil é um dos piores lugares para uma mulher viver. Temos o dever de modificar essa situação”, ressaltou o presidente do CNJ, o ministro Luiz Fux.

Que Deus e a Justiça continuem protegendo as mulheres do Brasil.

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A “Besta de Pasadena” fecha a “Trilogia do Apocalipse”. Narra como a cena aterrorizante de “A Besta Aprisionada por Mil Anos”, da célebre Tapeçaria do Apocalipse, do Castelo de Angers, na França, está entrelaçada à instabilidade política de um país cheio de escândalos políticos, que a jornalista Julia, uma defensora da luta da mulher contra a violência doméstica, denuncia e que culmina com a fraudulenta compra da Refinaria de Pasadena por uma estatal. Tudo numa trama empolgante de romance policial e numa narrativa esperançosa da vitória da Justiça contra a corrupção num país chamado Brasil.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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