25 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

Que Deus nos proteja contra todo o mal

Sempre nos causa a maior indignação e inconformismo a perpetuidade da injustiça e a prevalência da impunidade. Entristecem a nossa existência.

Não podemos nos desesperar e nos transformar em monstros justiceiros ou tentar fazer justiça com as próprias mãos, diante das delongas ou até da negação da justiça dos homens.

Encontramos na Bíblia as palavras reconfortantes: “O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida. O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada.” – Salmos 121:1-8.

Ele há de nos proteger na travessia dos tempos difíceis da pandemia até a bem-vinda volta à normalidade com a esperança da reconstrução de um Brasil melhor.

Neste ano eleitoral, em que o voto elegerá um Presidente da República, vale lembrar o parágrafo único do 1ª art. da Constituição Federal: “Todo o poder emana do povo”.

Nunca o povo soberano teve tanto a cobrar, após o Supremo derrubar a prisão em 2ª instância, decidindo que um réu só pode cumprir pena quando esgotar todos os recursos judiciais.

Com a decisão, que subverteu a jurisprudência interna da Corte e violou a Constituição, foram libertados vários presos perigosos, inclusive um ex-presidiário, que, apesar da “ficha suja ¨o STF o tornou “apto a disputar a eleição presidencial de 2022”.

Essa é a justiça no Brasil, em que togados interferem politicamente nos destinos da Nação. Soltaram um “ex-presidiário-ex-presidente”, condenado em três instâncias e, como se não bastasse, se revezam em inquéritos contra a honrada gestão do Presidente da República, eleito democraticamente e concorrendo à uma vitoriosa reeleição.

O “povo soberano” não tolerará o sumário arquivamento dos processos de corrupção.

Ninguém é considerado culpado pelos desvios de milionários recursos do BNDES para financiar portos, estradas, ferrovias no exterior, em países de ditaduras comunistas, sem a garantia do pagamento das dívidas de Cuba, Venezuela, Equador e dezenas de outros países.

Tais financiamentos têm o ônus de agravar o endividamento do Tesouro.

O financista Guido Mantega deixou a presidência do BNDES e se tornou Ministro da Fazenda, em 2006.

O BNDES passou a financiar e a favorecer os “empresários favoritos” do PT, dentro e fora do Brasil, afrontando o dever de dar imediato atendimento às necessidades sociais do povo brasileiro.

Ninguém é considerado culpado pelo desvio de mais de R$ 8 bilhões, investidos em licitações superfaturadas e ilícitas de construção de 12 estádios de futebol, ao invés de investir em hospitais e prover melhorias na rede de saúde e benefícios salariais aos profissionais da área, que, na pandemia, comprovaram o quanto são os nossos heróis nacionais pela bravura, competência e devotamento em salvar vidas, pondo em risco a própria vida e a dos familiares, todos dignos do maior reconhecimento público.

Ninguém é considerado culpado pelo megaesquema de corrupção, o maior da história do Brasil, implantado na Petrobras e cujo prejuízo estima-se alcançou R$42 bilhões.

Ficou comprovado na Lava-Jato e nos processos que “normalmente o tesoureiro do partido, a mando do Grande Chefe, procurava a empresa e pedia contribuição. E a empresa normalmente dava porque era uma coisa institucionalizada”.

As ilegalidades identificadas foram do tamanho da maior empresa de capital aberto do país.

Que O Senhor nos proteja de todo o mal e na luta contra a impunidade dos poderosos.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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