19 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

O perigoso avanço do sinal vermelho

Avançar o sinal vermelho é perigoso?

Será que o seu desrespeito ainda desperta indignação?

No dia a dia os veículos avançam o sinal vermelho, como se a deplorável prática fizesse parte de uma aceita generalizada normalidade.

Não podemos tolerar esse mau hábito de seguir em frente no sinal vermelho, que pode motivar avançar também em transgressões éticas…

O continuado desrespeito com o próximo e as impunes consequências da ação transgressora pode dar crédito à falsa sensação de que a liberdade e a ordem pública não se conjugam mais. Pior, não existiria mais Justiça na vida cotidiana…

Afinal, para que existe o sinal vermelho?

A Constituição no seu Art. 95 § Único não deixa dúvida do que aos juízes é vedado: III – dedicar-se à atividade político-partidária.

Na sabatina no Senado para ser alçado a Ministro do Supremo, o advogado Roberto Barroso, indicado, em 2013, pela ex-presidentA Dilma Rousseff, posicionou-se contra o “ativismo judicial” e pregou que “quando o Legislativo atua, o Judiciário deve recuar”.

Teceu loas à Operação Lava Jato pelo seu “enfrentamento da corrupção e da impunidade no Brasil” e ao julgamento do Mensalão, como “um novo paradigma de decência e seriedade”.

Na vergonhosa decisão do Colegiado do STF apoiou veemente a “narrativa conspiratória” da soltura do ex-presidente-ex-presidiário Lula e avalizou o direito de ser candidato presidencial. Depois, pressionou pessoalmente na Câmara dos Deputados a aprovação do sistema de votação eletrônica, por ser “seguro e transparente”.

Como Ministro-relator dos processos de petistas no STF, honrou a gratidão partidária da indicação e concedeu o perdão e a “imediata soltura” de José Dirceu e de José Genuíno, condenados “a 10 anos e 10 meses e a 6 anos e 6 meses de reclusão”.

Após o Presidente Jair Bolsonaro ser eleito, democraticamente, o ministro se tornou o seu ferrenho opositor, confrontando-o em palestras e na mídia.

Tentou culpabilizá-lo pela “ascensão das mídias sociais que permitiram o aparecimento de verdadeiras milícias digitais, terroristas verbais que disseminam o ódio, mentiras, teorias conspiratórias e ataques a pessoas e à democracia”.

O Presidente reagiu à falsa acusação: “O ministro entende do assunto. Atuou como advogado de Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália pela morte de 4 pessoas.

No último dia como presidente (31.12.2010), Lula revogou a extradição do terrorista. O que adiou para 2018 a sua reclusão numa prisão de segurança máxima na Sardenha.

A Wikipédia cita que o Ministro Barroso foi “politicamente de esquerda” e o advogado do terrorista com a “sua banca de advocacia considerada uma das mais importantes do país”.

Se a guerra na Ucrânia continua, aqui a guerra eleitoral apenas começou.

O Supremo Togado, em palestra na Universidade de Oxford, teve sob protestos de interromper o falso testemunho.

O Senador Lasier Martins, em indignado protesto, já tinha alertado para a Ópera-bufa do Togado de largar os processos em julgamento no STF e ser palestrante em universidades no exterior, como a do Texas (EUA), em que o palpitante tema era: “Livrando-se de um presidente”.

O Supremo togado avançou o sinal vermelho…

Atropelou o Código de Ética da Magistratura Nacional e “disseminou” ataques ao Presidente da República e “à democracia”.

Deus abençoe o Brasil e o proteja dos falsos guardiões da Constituição.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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