8 de maio de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

O que é isso?

Ontem postei um comentário (leia abaixo) sobre um dado específico da fala do ministro Fachin na conferência que fez no Wilson Center nos EUA.

“Fenômeno!
Os convertidos pela marola estendida das previsões dos institutos de pesquisa sonham surfar tsunamis em competições secas nas praias internacionais.
Será isso um tipo de incentivo para surfistas sindicalizados?”

Hoje, revendo informações sobre sua fala na ocasião, ficou mais evidente que seu pronunciamento em muito transcende as questões jurídicas, se ajustando ao discurso político, centrado na oposição frontal ao atual governo.

Sua retórica foi direcionada a fazer um paralelo entre os eventos do Capitólio e a perspectiva de um confronto mais grave ocorrer no Brasil com o resultado das eleições (post anterior).

Falou no país com o maior número de armas ‘per capita’ do mundo, mas com muito menos assassinatos do que o Brasil que: “uma sociedade armada é uma sociedade oprimida”.

Disse isso no país de John e Samuel Adams, George Washington, Thomas Jefferson, George Clymer, Benjamin Franklin, George Tylor e George Rea que lutaram pela independência e fundaram as bases e as garantias individuais da maior e mais longeva democracia do mundo e nas fuças dos ‘oprimidos’ norte americanos porventura presentes na palestra.

Entre outras pérolas também destacou que “em agosto irá pautar um número expressivo de representações judiciais contra as motociatas” que, nas suas palavras; se trata da postura de um candidato que “realiza locomoção em veículos de duas rodas”, no vernáculo do orador.

‘Veículo de duas rodas’ em atos coletivos poderá vir a ser criminalizado como aparelho subversivo/ameaça à democracia e à segurança nacional?🤔

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *