Ministros do STF são tão empoderados que nem mesmo o jet leg, que afeta profissionais da aviação, desnorteia executivos que viajam com frequência e causa ressacas em passageiros em férias, abate o ritmo globetrotter da alta casta jurídica nativa.
Mas, o enigma maior é:
O quê e por que empresas privadas e entidades representativas de classe, estão transladando para países da Europa, ministros do Supremo para palestrar sobre o Brasil… com brasileiros e, patrocinados por empresas nativas ou alienígenas, com interesses não direcionados à setores de capital e produção mas, em especial ao poder judiciário brasileiro.
Ainda intriga cidadãos brasileiros o que a ministrada debateu entre eles, a portas fechadas, em Londres, com patrocínio de uma empresa privada.
A curiosidade sequer esfriou e a OAB, fez um arranjo com uma faculdade de Madri, para uma nova revoada ministerial de dez dias na Europa.
Será que um fórum jurídico sobre o Brasil, exclusivo para instituições, empresas e palestrantes brasileiros, produz mais e melhor jurisciência na Europa?
Ou será que o foco é mais objetivo, voltado para o controle social pelo viés judicial?
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.