A bela visão dos cisnes brancos maravilhava os visitantes do Palácio do Itamaraty no Rio.
Deslizavam silentes, guardando os mais secretos segredos da diplomacia, sem esquecer a chance perdida do Brasil ser o 6º Membro Permanente do Conselho de Segurança da ONU.
O Presidente Roosevelt teve o Brasil e Getúlio Vargas como um “aliado fiel”.
Com a sua morte e o fim da guerra contra a Alemanha nazista, o Presidente Truman assumiu, disposto “a ajudar os povos livres a manter suas instituições livres”.
Distanciou-se do regime ditatorial de Getúlio, deposto em outubro de 1945, época da escolha dos Membros Permanentes da organização.
O atual Conselho reúne 5 Membros Permanentes: os EUA, a Federação Russa, o Reino Unido, a França, e a República Popular da China e 10 membros temporários.
O Brasil foi eleito agora pela 11ª vez para o Conselho de Segurança.
A penúltima vez, no biênio no 2010-11, foi sob o mandato da Dilma Rousseff.
No seu discurso de abertura da Assembleia da ONU, em 25.09.2015, defendeu uma “ampla reforma do Conselho, por uma hilariante metáfora:
- Você abre a caixa de Pandora com a guerra e depois dentro da caixa de Pandora você não sabe de onde que sai. Você não coloca pra dentro a pasta de dente, depois que saiu do dentifrício. E é isso que nós queremos alterar.
No mesmo evento de cooperação internacional, sugeriu: “estocar vento”.
A erudição da Presidenta abismou os 193 membros da ONU.
Não conheciam as declarações públicas da grande dama do anedotário nacional, desde a sua entusiasmada “saudação à mandioca” à sua salvadora solução energética.
Em 31 de agosto de 2016, Dilma Rousseff foi afastada do cargo de Presidente da República por crime de responsabilidade fiscal.
O Brasil, membro fundador da ONU, volta agora ao Conselho, tendo derrotado a Argentina, sob um governo peronista-esquerdista.
O outrora pujante país, convive hoje com um lastimável retrocesso econômico e social e com a incontida desvalorização recorde da sua moeda. Não chore por mim, Argentina!
O Brasil tem uma longa história de contribuições na manutenção mundial da paz. Participou de 9 missões pacificadoras da ONU nos mais diversos países. A última eleição prestigiou a posição estratégica do país e o vigor da nossa democracia.
É óbvio que a volta ao Conselho no biênio 2022-2023 foi desprezada pela sórdida mídia.
As palavras do nosso embaixador na ONU, Ronaldo Costa Filho, na entrevista à ONU News, ressaltam a vitoriosa diplomacia do governo Bolsonaro:
“O Brasil chega ao Conselho já na esteira de uma tradição consolidada… o que nos motiva sempre é a busca do diálogo, da mediação, da prevenção… sempre através da negociação para buscar saídas satisfatórias para situações de tensões e conflitos”.
Com assento no Conselho, afinal a comunidade internacional vai conhecer o verdadeiro Brasil, bem sucedido na luta contra o surto pandêmico e contra os pregadores do caos e da desunião.
Por meio do diálogo informativo, sem falsificações, o mundo vai saber o quanto o Presidente da República, eleito democraticamente, é perseguido pela cultura do ódio da mídia e dos opositores ideológicos, sem compromisso com a verdade e enlameados num passado de corrupção.
Os atuais cisnes negros do Itamaraty arensaram – nome do som característico dos cisnes – a merecida volta ao Conselho da ONU.
Que Deus ilumine a diplomacia do Brasil na união das Nações na busca contínua da paz.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.