28 de março de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

O Brasil de volta ao Conselho de Segurança da ONU

A bela visão dos cisnes brancos maravilhava os visitantes do Palácio do Itamaraty no Rio.

Deslizavam silentes, guardando os mais secretos segredos da diplomacia, sem esquecer a chance perdida do Brasil ser o 6º Membro Permanente do Conselho de Segurança da ONU.

O Presidente Roosevelt teve o Brasil e Getúlio Vargas como um “aliado fiel”.

Com a sua morte e o fim da guerra contra a Alemanha nazista, o Presidente Truman assumiu, disposto “a ajudar os povos livres a manter suas instituições livres”.

Distanciou-se do regime ditatorial de Getúlio, deposto em outubro de 1945, época da escolha dos Membros Permanentes da organização.

O atual Conselho reúne 5 Membros Permanentes: os EUA, a Federação Russa, o Reino Unido, a França, e a República Popular da China e 10 membros temporários.

O Brasil foi eleito agora pela 11ª vez para o Conselho de Segurança.

A penúltima vez, no biênio no 2010-11, foi sob o mandato da Dilma Rousseff.

No seu discurso de abertura da Assembleia da ONU, em 25.09.2015, defendeu uma “ampla reforma do Conselho, por uma hilariante metáfora:

  • Você abre a caixa de Pandora com a guerra e depois dentro da caixa de Pandora você não sabe de onde que sai. Você não coloca pra dentro a pasta de dente, depois que saiu do dentifrício. E é isso que nós queremos alterar.

    No mesmo evento de cooperação internacional, sugeriu: “estocar vento”.

    A erudição da Presidenta abismou os 193 membros da ONU.

    Não conheciam as declarações públicas da grande dama do anedotário nacional, desde a sua entusiasmada “saudação à mandioca” à sua salvadora solução energética.

    Em 31 de agosto de 2016, Dilma Rousseff foi afastada do cargo de Presidente da República por crime de responsabilidade fiscal.

    O Brasil, membro fundador da ONU, volta agora ao Conselho, tendo derrotado a Argentina, sob um governo peronista-esquerdista.

    O outrora pujante país, convive hoje com um lastimável retrocesso econômico e social e com a incontida desvalorização recorde da sua moeda. Não chore por mim, Argentina!

    O Brasil tem uma longa história de contribuições na manutenção mundial da paz. Participou de 9 missões pacificadoras da ONU nos mais diversos países. A última eleição prestigiou a posição estratégica do país e o vigor da nossa democracia.

    É óbvio que a volta ao Conselho no biênio 2022-2023 foi desprezada pela sórdida mídia.

    As palavras do nosso embaixador na ONU, Ronaldo Costa Filho, na entrevista à ONU News, ressaltam a vitoriosa diplomacia do governo Bolsonaro:

    “O Brasil chega ao Conselho já na esteira de uma tradição consolidada… o que nos motiva sempre é a busca do diálogo, da mediação, da prevenção… sempre através da negociação para buscar saídas satisfatórias para situações de tensões e conflitos”.

    Com assento no Conselho, afinal a comunidade internacional vai conhecer o verdadeiro Brasil, bem sucedido na luta contra o surto pandêmico e contra os pregadores do caos e da desunião.

    Por meio do diálogo informativo, sem falsificações, o mundo vai saber o quanto o Presidente da República, eleito democraticamente, é perseguido pela cultura do ódio da mídia e dos opositores ideológicos, sem compromisso com a verdade e enlameados num passado de corrupção.

    Os atuais cisnes negros do Itamaraty arensaram – nome do som característico dos cisnes – a merecida volta ao Conselho da ONU.

    Que Deus ilumine a diplomacia do Brasil na união das Nações na busca contínua da paz.
Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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