24 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

Nova direção na maior empresa de capital aberto do Brasil

A repórter investigativa Julia, casada com um dos mais famosos criminalistas do Brasil, que defende os implicados no Petrolão, é uma das personagens principais da Trilogia do Apocalipse.

Suas reportagens alcançaram um público crescente de leitores, depois que se dedicou a noticiar os desdobramentos da Operação da Lava Jato.

Na cobertura dos mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisões temporárias e preventivas, ficava impressionada com as idas e vindas dos advogados dos implicados, em Curitiba, com suas volumosas “malas ou mochilas”, tal como descrito no romance policial político A BESTA DE PASADENA:

– Figurava que no passado elas teriam servido para transportar o dinheiro sujo do Petrolão, e que agora continham as roupas limpas dos presos da Lava Jato. A metáfora transmitia aos leitores a esperança nas palavras de fé do decano do Supremo de que, no Estado Democrático de Direito: “absolutamente ninguém está acima das leis, nem mesmo os mais poderosos agentes políticos governamentais”.

Infelizmente, a realidade provou que alguns estão acima da lei…

A capital tremeu com a notícia sensacionalista da extrema mídia sobre a monocrática decisão de um Togado do STF, que teria anulado “todos” os processos da Lava Jato, que imputavam crimes ao ex-Presidente Lula, por não serem de competência da vara de Curitiba, onde o ex-juiz Sergio Moro atuou. Não julgou o mérito dos processos, nem anulou as provas processuais e nem as fraudes do Petrolão.

O terremoto no STF ocorreu depois do Presidente Bolsonaro ter anunciado o nome do Novo Presidente da Petrobras, um general, ainda em exercício na diretoria-geral da Itaipu Binacional.

Teria como missão implantar na estatal de petróleo integrada uma nova política de preços, conciliando as expectativas do mercado com a missão social e desenvolvimentista da empresa. Ou seja, “preços mais justos para a sociedade brasileira, sem deixar de obter lucro” e de remunerar os acionistas, muito deles estrangeiros.

Na contramão, estão 18 Estados e o DF, que aumentaram a cobrança do ICMS sobre o óleo diesel e o gás, após o governo federal conceder a isenção de impostos federais.

O Brasil é autossuficiente em petróleo. Produz até mais do que consome. Mas, a sua capacidade de refino instalada não atende à demanda do mercado de gasolina e de diesel do país. Recorre à importação. Fica à mercê da paridade do “preço do mercado internacional”, ditado pelas companhias estrangeiras, que penalizam sem dó nem piedade o consumidor brasileiro.

A atual direção, estrategicamente, se negou a investir no eficiente parque estatal de refino e “pulverizou a participação da estatal na BR Distribuidora”, ou seja, a comercialização, o mais lucrativo segmento da Petrobras, pondo inclusive em risco a segurança nacional.

Sob a bandeira da privatização, para contentar o ávido mercado financeiro, de onde proveio, o atual Presidente aumentou em 45% os preços dos combustíveis, em 2020.

Os brasileiros confiam que o Novo Presidente, Joaquim Silva e Luna, honre a tradição de eficiente gestão dos militares que prestaram com patriotismo seus relevantes serviços a Petrobras, em defesa dos interesses nacionais.

Que Deus ilumine o novo gestor da Petrobras na missão de preservar a alta lucratividade da maior empresa de capital aberto do país e de cumprir a sua função social em prol de um Brasil mais Justo e Melhor.

Ver o link: https://amzn.to/3prACD7

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *