A repórter investigativa Julia, casada com um dos mais famosos criminalistas do Brasil, que defende os implicados no Petrolão, é uma das personagens principais da Trilogia do Apocalipse.
Suas reportagens alcançaram um público crescente de leitores, depois que se dedicou a noticiar os desdobramentos da Operação da Lava Jato.
Na cobertura dos mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisões temporárias e preventivas, ficava impressionada com as idas e vindas dos advogados dos implicados, em Curitiba, com suas volumosas “malas ou mochilas”, tal como descrito no romance policial político A BESTA DE PASADENA:
– Figurava que no passado elas teriam servido para transportar o dinheiro sujo do Petrolão, e que agora continham as roupas limpas dos presos da Lava Jato. A metáfora transmitia aos leitores a esperança nas palavras de fé do decano do Supremo de que, no Estado Democrático de Direito: “absolutamente ninguém está acima das leis, nem mesmo os mais poderosos agentes políticos governamentais”.
Infelizmente, a realidade provou que alguns estão acima da lei…
A capital tremeu com a notícia sensacionalista da extrema mídia sobre a monocrática decisão de um Togado do STF, que teria anulado “todos” os processos da Lava Jato, que imputavam crimes ao ex-Presidente Lula, por não serem de competência da vara de Curitiba, onde o ex-juiz Sergio Moro atuou. Não julgou o mérito dos processos, nem anulou as provas processuais e nem as fraudes do Petrolão.
O terremoto no STF ocorreu depois do Presidente Bolsonaro ter anunciado o nome do Novo Presidente da Petrobras, um general, ainda em exercício na diretoria-geral da Itaipu Binacional.
Teria como missão implantar na estatal de petróleo integrada uma nova política de preços, conciliando as expectativas do mercado com a missão social e desenvolvimentista da empresa. Ou seja, “preços mais justos para a sociedade brasileira, sem deixar de obter lucro” e de remunerar os acionistas, muito deles estrangeiros.
Na contramão, estão 18 Estados e o DF, que aumentaram a cobrança do ICMS sobre o óleo diesel e o gás, após o governo federal conceder a isenção de impostos federais.
O Brasil é autossuficiente em petróleo. Produz até mais do que consome. Mas, a sua capacidade de refino instalada não atende à demanda do mercado de gasolina e de diesel do país. Recorre à importação. Fica à mercê da paridade do “preço do mercado internacional”, ditado pelas companhias estrangeiras, que penalizam sem dó nem piedade o consumidor brasileiro.
A atual direção, estrategicamente, se negou a investir no eficiente parque estatal de refino e “pulverizou a participação da estatal na BR Distribuidora”, ou seja, a comercialização, o mais lucrativo segmento da Petrobras, pondo inclusive em risco a segurança nacional.
Sob a bandeira da privatização, para contentar o ávido mercado financeiro, de onde proveio, o atual Presidente aumentou em 45% os preços dos combustíveis, em 2020.
Os brasileiros confiam que o Novo Presidente, Joaquim Silva e Luna, honre a tradição de eficiente gestão dos militares que prestaram com patriotismo seus relevantes serviços a Petrobras, em defesa dos interesses nacionais.
Que Deus ilumine o novo gestor da Petrobras na missão de preservar a alta lucratividade da maior empresa de capital aberto do país e de cumprir a sua função social em prol de um Brasil mais Justo e Melhor.
Ver o link: https://amzn.to/3prACD7
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.