24 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

Não chore por mim Amazônia

O bioma amazônico é o verde da esperança, o verde da nossa bandeira, os proprietários da maior floresta tropical do planeta.

Nos 40% do seu imenso território de 6.700.000 km² dormita uma infinita biodiversidade e ricas jazidas minerais, como as de cobre, alumínio, zinco, nióbio. titânio…

É o pulmão do clima global, cobiçado por países prósperos e poderosos, que querem continuar sendo potências econômicas através da exploração abusiva da Amazônia.

Atravessada por 110 rios, entre eles o grandioso rio Amazonas, acontece na região a degradação ambiental, a vil exploração da madeira, as pescas ilegais, o narcotráfico e as tragédias humanas.

É nosso dever preservar esse patrimônio natural da humanidade.

A partir do domingo, 5 de junho, o noticiário nacional divulgou o desaparecimento de 2 “pesquisadores”, um jornalista britânico e um indianista brasileiro, licenciado da FUNAI, que adentraram na floresta amazônica, sem o prévio conhecimento dos órgãos oficiais.

Apesar do empenho da PF e da Força-Tarefa (Marinha) nas complexas buscas nessa área perigosa e extensa, a mídia nacional acusou o governo federal de omisso e de encobrir o envolvimento do agronegócio e dos madeireiros ilícitos na região.

Na escassez de manchetes sensacionalistas sobre os desumanos avanços russos no território ucraniano e a ameça de uma guerra nuclear, a mídia mundial exasperou os protestos da tardia descoberta dos desaparecidos na Amazônia, apesar dos suspeitos terem sido presos a tempo e terem confessado onde enterram os cadáveres queimados e esquartejados.

A imprensa nacional na sua odiosa perseguição ao Chefe da Nação, eleito democraticamente, perdeu toda credibilidade ao divulgar narrativas político-jornalísticas do quanto pior, melhor para denegrir a imagem soberana de nosso país e beneficiar num ano eleitoral os opositores do governo, em especial, o corrupto ex-presidiário ficha suja, alçado a candidato presidencial.

Finalmente, a mídia divulgou a cruel verdade dos fatos acontecidos na Amazônia.

Tornou pública a real intimidação de pescadores criminosos aos 2 pesquisadores, antes de rumarem numa região em que tal “venda de peixes ilegais é utilizada para lavar dinheiro do comercio de drogas”, produzidas e vendidas a facções criminosas, atuantes nas fronteiras com o Peru e Colômbia, cujos rios são rotas ativas do comércio da cocaína.

Com base em pesquisa do Instituto Socio-amabiental (ISA) de defesa dos bens e os direitos coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural e às populações indígenas, “o narcotráfico é a principal força econômica da região”.

As trágicas mortes dos 2 pesquisadores se inserem nesse contexto de violência da Amazônia. Com a ampla repercussão negativa dos assassinatos, é certo que o governo intensificará o combate efetivo às redes do narcotráfico com o apoio das Forças Armadas (art. 142 da Constituição), em defesa de soberania na região amazônica, o celeiro e pulmão do mundo.

Há também a luz da esperança no fim do túnel: o renascer de uma mídia patriótica, defensora da estabilidade institucional e da nossa vigorosa democracia, desprovida de suas campanhas de ódio, em desrespeito aos verdadeiros ambientalistas e ao povo brasileiro.

Evoco as condolências do Presidente Jair Bolsonaro aos pesquisadores mortos: “Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos”.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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