A campanha que empreendi contra a circulação de motorizados, em alta velocidade, nas calçadas, foi muito bem recebida no FACE, merecendo amplo apoio as reivindicações de moradores e lojistas de urgente execução de operações militar-policiais para garantir segurança ao bem-estar, à integridade física e à vida dos pedestres.
Ninguém mais tolera os escusos interesses políticos-eleitoreiros que vergonhosamente acobertam a circulação de veículos motorizados nas calçadas e amordaçam a fiscalização das autoridades.
Enquanto conversava com um vizinho na calçada, um ciclista motorizado, em furiosa velocidade, quase nos atropelou, sem respeito ao próximo e em transgressão à lei.
Protestamos e ouvimos, em resposta, sonoros xingamentos, acompanhados do raivoso gesto do dedo indicador pro alto do impune delinquente.
Vale rememorar o líder Nelson Mandela: “a educação é um processo social. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. A arma mais poderosa para se mudar o mundo”.
Verificamos com tristeza que hoje os direitos do cidadão são pisoteados por Supremos Togados, a violência doméstica continua vitimando lares e a educação escolar se deteriora, sob a proliferação de maus exemplos sociais e a vulgarização do palavrão na comunicação.
Novos símbolos, novos gestos, o linguajar chulo, prosperam num pais em que a “eleição não foi ganha, mas tomada” e empossou um ex-atrás-das-grades, condenado por corrupção e libertado impune para viajar e esbanjar mundo afora o dinheiro da população carente, tudo contribuindo para afrontar os vestígios da boa educação, que herdamos dos nossos pais.
Não parecem tão distante assim os tempos idos, quando se cultivavam as amizades bem-educadas, exigia-se respeito na convivência social e se trocavam gentilezas no tradicional hábito de colher bem-vindos sorrisos.
Que o Brasil recupere o ensinamento da boa educação e do respeito à lei.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.
