29 de março de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

A esperança nunca morre na guerra contra o Coronavírus


HOJE edito a centésima crônica no FACEBOOK-Escritor. Sou muito agradecido aos visitantes que com suas leituras prestigiam os meus textos semanais. O confinamento social me traz reminiscências do 1º governo da Fusão do Estado Rio de Janeiro.
No dia 15 de março de 1975, assumi a Secretária de Administração, nomeado pelo saudoso Governador FARIA LIMA. Passei a gerenciar 219 mil funcionários, o IASERJ, as pericias médicas, com o desafio de criar um parque gráfico para imprimir o Diário Oficial do Estado.
Na primeira visita ao Hospital Central do IASERJ, destinado a atender aos servidores estaduais, diversas unidades estavam desativadas, faltavam médicos, enfermeiros, medicamentos e sobretudo materiais e equipamentos, oferecendo um precário atendimento.
Em 1979, o Hospital Central estava equipado, com médicos e enfermeiros e uma bem-vinda fila na porta. Foram entregues 4 novos ambulatórios, o último, em Niterói, bem ao lado da operante Imprensa Oficial do Estado.
O mérito do magnifico trabalho de recuperação e do pleno funcionamento da instituição, num governo estadual honesto e empreendedor, que implantou o Metro no Rio de Janeiro, é todo da competente equipe de abnegados médicos e profissionais de saúde do IASERJ.
Na meia-noite do dia 14 de julho de 2012, todos os doentes, inclusive os doentes entubados do CTI, foram retirados, sob revoltados protestos de parentes e funcionários, numa desumana e violenta operação policial para cumprir o acordo Lula-Cabral de demolir o prédio para ampliar o do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O jornal EXTRA denunciou a corrupta parceria: as obras de fundações nunca começaram. A empresa responsável faz parte do escândalo da Operação Lava-Jato. O terreno de quase um quarteirão inteiro na Praça da Cruz Vermelha virou um grande matagal e ruínas.
Na linha sucessória do Governador Faria Lima, cinco ex-governadores foram presos, sendo que o Governador Sergio Cabral foi condenado a 280 anos de prisão.
Relembro também o parceiro Lula, que zombava de quem preferisse construir hospitais (ver YouTube https://www.youtube.com/watch?v=5LSnpO2v5Og.), ao invés de promover eventos esportivos. A sórdida mídia, na época, se calou. Bajulou quem roubou dinheiro na construção dos estádios, por meio de empreiteiras favoritas.
Nunca se valorizou nem se priorizou a saúde pública no Brasil, como um marco civilizatório da democracia. Essa é verdade nua e crua.
Os recursos públicos nunca chegaram perto da real dimensão da demanda sanitária do cidadão brasileiro, ou foram desviados nos governos petistas, ao sabor da corrupção, ou minimizados.
O Presidente Bolsonaro, culpado de tudo, não demoliu o IASERJ!
Pelo contrário, herdou as consequências do bloqueio, de 2017, de R$ 42 bilhões nos gastos públicos. Grande parte dos investimentos era para os avanços hospitalares e assistenciais do SUS, o que diminuiria drasticamente o número de vítimas fatais do coronavírus.
Nesta hora em que o Brasil vive uma desastrosa crise política no mar de incertezas jurídicas, nunca é demais revigorar a ESPERANÇA nos elos de solidariedade e render as justas homenagens aos profissionais da saúde e dos serviços essenciais, que, na linha de frente, arriscam diariamente as suas vidas para salvar a população vítima da letal Covid-19.
Deus os proteja e abençoe o sentimento de gratidão da nação brasileira aos heróis de máscaras.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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