A partir de julho de 2019, o carrinho cheio de curvas familiares que você vê nas fotos deste post passará à categoria dos fora de linha. Como parte da renovação de seu portfólio de modelos – e, claro, também motivada por suas vendas em baixa – a VW decidiu retirar o Beetle, versão atual do Fusca, do mercado.

Se você procurar hoje no site da VW alemã, só vai encontrar a versão Cabriolet do carro, apresentado como “das Beetle cabriolet”. Nos EUA, por preços que começam em pouco mais de 24 mil dólares, além deste ainda há a opção fechada do carro, em três versões distintas. Aqui no Brasil ele já não chega mais importado desde 2016.

Se o New Beetle, lançado em 1997, ultrapassou o milhão de unidades vendidas, o modelo atual nunca emplacou grandes números. Ironicamente, o Beetle (que perdeu o “new” ao ser apresentado, em 2011) é um carro infinitamente melhor que seu antecessor. A versão vendida aqui, que tive o prazer de dirigir, inclusive em uma pista de corrida, trazia a mesma mecânica do Golf GTI da época: motor 2.0 Tsi (turbo) de 211cv de potência e 28,6 kgmf de torque. Junto com o rapidíssimo câmbio automatizado DSG de dupla embreagem, uma ótima e bem acertada suspensão e uma distribuição de peso bacana, esses números eram suficientes para fazer dele um carro muito divertido, que andava forte.

Além do Beetle, no ano que vem a VW vai tirar de linha o Siroco, outro cupê esportivo de duas portas bem bacana, que usa a mesma mecânica e que, hoje, é vendido apenas na Europa (acima).
A montadora não descarta, no entanto, que o Fusca volte em breve, com novo desenho e motorização elétrica. Ele entraria na esteira da nova Kombi (abaixo), também abastecida por tomadas, que deve estrear no mercado até o começo de 2022.

Enquanto esse Fusca elétrico de fábrica não vem, os californianos têm convertido vários exemplares dos antigos fuscas originalmente equipados com motor refrigerado a ar para a propulsão limpa, numa espécie de “retrofit automotivo”. A transformação (abaixo) é relativamente simples e, segundo a divulgação, totalmente reversível, bastando que o dono do carro guarde os componentes originais.

Se você quiser saber mais sobre a conversão do Fusca à eletricidade, dê uma olhada neste site aqui.

Fonte: Blog Rebimboca

Henrique Koifman

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

www.rebimboca.com.br/