O menor dos Fiat ganhou uma versão aventureira. Junto com o “tapa” visual da linha para 2021, que inclui o “rebranding” da marca – palavra que, em marquetês, significa, basicamente, reformulação, que é visível em letras grandinhas na grade –, o Mobi passa a ter um irmãzinho com suspensão mais alta e grafismos caprichados. Como na linha Argo e na nova Strada, essa versão se chama Trekking e parece ter a medida certa para se diferenciar do modelo “comum”, sem exageros.
De um modo geral, o Mobi é um carrinho muito bem resolvido para o uso urbano. Não oferece lá muito espaço para seus eventuais passageiros do banco de trás, mas nem é essa a sua proposta. Seu desenho é bacaninha, a lista de equipamentos e opcionais é bem razoável e, lembremos, ele é o carro de entrada da marca, papel que cumpre bem direitinho.
A única coisa a se lamentar é que, tal como as opções Easy (a mais em conta) e Like (intermediária), essa Trekking vem equipada com o “tradicional” motor Fire Evo Flex 1.0 – e não com o moderno Firefly de três cilindros que, embora tenha praticamente a mesma potência (77 contra 72cv), oferece cerca de 10% a mais de torque (10,9 contra 9,9 kgfm), em rotações mais baixas, o que faz com que seja bem mais divertido de dirigir.
Não que o Mobi de quatro cilindros seja ruim. Com pouco mais de 930 kg, ele tem desenvoltura suficiente para acompanhar o trânsito. Só que a extinda versão Drive, com o propulsor tricilíndrico, fazia a mesma coisa com muito mais brilho (confira no test-drive que fizemos aqui para o blog e para a TV Rebimboca, abaixo). Imagino que a retirada desse motor mais esperto – que continua equipando a boa versão mais simples do Argo – tenha a ver com escala de produção, custos ou algo do gênero. Mas é uma pena. Adoraria dirigir esse pequeno aventureiro com aquele coração mais valente.
Fonte: Blog Rebimboca