Saiu na Folha de São Paulo matéria que confirma minhas suspeitas: as Forças Armadas foram à Amazônia para atrapalhar a fiscalização do Ibama.
A operação militar chamada GLO (Garantia da Lei e da Ordem) consome R$ 60 milhões de reais por mês e tem dupla finalidade: a de enganar os estrangeiros sobre combate ao desmatamento e, ao mesmo tempo, facilitar a destruição da floresta.
Os próprios fiscais do IBAMA, com anos de experiência na região, contam como foram desalojados das operações e como foram sabotados nas suas atividades normais.
O Congresso está em quarentena mas precisa, urgentemente, se dá conta do que acontece. O General Mourão precisa ser chamado para explicar essas operações e ser confrontado com os depoimentos dos fiscais do IBAMA.
Aliás, alguns já foram demitidos simplesmente por aplicar a lei que determina a destruição de equipamentos clandestinos na floresta.
É uma ilusão o governo pensar que vai enganar a opinião pública internacional e sobretudo os investidores internacionais que ameaçam abandonar o país por causa do desmatamento. Recentemente a carta de 29 fundos de pensão, que movimentam bilhões de dólares, foi uma espécie de sinal amarelo.
O sinal vermelho virá com os dados reais sobre o desmatamento da floresta. No primeiro mês de atuação dos militares foram desmatados 829,9km2, um recorde.
É duro constatar que as Forças Armadas brasileiras contribuem para a destruição da floresta e se colocam contra as aspirações da humanidade em preservar essa riqueza natural.
A esperança é movimentar todos os setores possíveis e, quem sabe, convencer os militares do erro de sua política na Amazônia. É muito provável que a maioria deles não tenha conhecimento dessa barbaridade.
Fonte: Blog do Gabeira