Recebi a segunda dose da vacina Astrazeneca e a jovem que aplicou advertiu que poderia sentir um pouco de febre.
Hoje, ao entrar no Flamengo, perguntei minha temperatura para o porteiro que empunhava um termômetro: 35.
Nem na primeira nem na segunda dose da vacina senti nada. Na primeira fui nadar minutos depois, na segunda esperei algumas horas.
Espero que faça efeito. Alguns amigos ficaram meio combalidos, logo após a vacinação.
Bolsonaro fez um grande desfile de motocicletas pelo Rio. Dizem a imprensa que gritavam contra a vacina pela ivermectina. Agora é tarde, não posso atendê-los.
O que querem dizer com essas grandes manifestações de motociclistas? Pazuello estava lá,sem máscara.
Na semana anterior, desculpava-se por entrar sem máscara num shopping de Manaus.
Parece que está orgulhoso de mentir, pois para ele tudo pode ser dito desde que seja dito para a internet.
Estamos discutindo a possibilidade de uma terceira onda. Felizmente, até o momento, a variante Indiana ficou confinada no Maranhão. Nas circunstâncias em que apareceu por lá, no tripulante de um barco vindo da Malásia foi mais fácil isolá-la. Bastou tratar os doentes e manter o barco bem longe.
Ainda assim, 100 pessoas tiveram contato com os tripulantes e precisam ser monitoradas.
O Ministério da Saúde aceitou um plano mínimo de proteção nos aeroportos. Vamos ver se escapamos dessa, embora alguns especialistas achem que as chances são pequenas.
Há muitos sinais de reabertura pelo mundo. Paris se abriu, Portugal decidiu aceitar turistas e vejo que os ingleses estão tendo dificuldade para aceitar a orientação de seu governo para que viagem para alguns lugares e se abstenham de outros.
É sempre essa luta, em cada país ela tem uma expressão diferente.
Falei muito de coronavírus por aqui. Foi a pandemia que me inspirou a fazer esse diário. Ao receber a segunda dose, espero ter encerrado um ciclo. Ainda assim continuarei escrevendo, atento a essa grande tragédia que se abateu sobre nós, desde o fim de 2019.
Quem sabe quanto dura o efeito de uma vacina? Quantas ainda não teremos de receber na vida? Voltando à estrada, comendo em lugares tão diferentes, tomando água nem sempre tão pura, quem sabe não precisarei até de uma dose anual da ivermectina, que os motociclistas de Bolsonaro acreditam ser um remédio contra o coronavírus. É a ignorância científica em duas rodas. Pazuello achava até a semana passada que a cloroquina era antiviral e antiinflamatória.
Mas é um pobre diabo. Passou a semana dizendo que fez tudo para comprar vacinas e vai a uma manifestação de motociclistas contra a vacina.
Foi até um domingo bonito, a julgar pelas horas de sol. Mas a multidão de motociclistas cruzou as ruas para nos lembrar em que regime vivemos.
Fonte: Blog do Gabeira