Continua um pouco confuso o front das vacinas. Parece que a India vai autorizar exportação de dois milhões de doses em janeiro. De que servem dois milhões de doses? Talvez deem para os funcionários da saúde, uma indiscutível prioridade.
A vacina que viria para o Brasil é a da Oxford. A Coronavac pede aprovação emergencial na quinta. Caso isso aconteça, São Paulo também começaria em janeiro.
Não temos ainda cronograma. Temos notícias confusas. Talvez valesse a pena fazer um consórcio de mídia só para falar da vacina. No caso dos mortos, foi preciso um consórcio.
O problema da vacina é que apenas despertará o ânimo, mas não resolve a emergência. Estamos numa segunda onda, apesar da negação do governo.
Os ingleses já se vacinam com a Pfizer e Oxford, no entanto, foi preciso decretar o lockdown.
Margareth Dalcomo escreveu um artigo hoje prevendo um triste janeiro.
Os ingleses foram radicais porque descobriram uma nova cepa que propaga mais 70 por cento que a comum. Mas independente da cepa, o problema central é o número de doentes e a disponibilidade de hospitais.
Em Manaus, repetem-se as cenas do início do ano, e reaparecem aquelas macabras celas frigoríficas.
Em algumas cidades do interior de São Paulo, a lotação das UTIs está esgotada.
Bolsonaro acaba de declarar que não pode fazer nada porque o país está quebrado. Exatamente quando o país quebra é preciso fazer muita coisa para evitar o pior.
Mas ele apenas quis lançar uma frase de efeito, evitando é claro analisar a responsabilidade pela quebradeira.
Fica cada vez mais difícil suportar Bolsonaro. Ele nega a pandemia, critica a vacina e agora vem dizer que o Brasil quebrou .
Precisamos de vacina já e isto tem de ser conseguido de qualquer maneira.
Ou vai ou racha.
Fone: Blog do Gabeira