Hoje foi um dia de muita costura para fora, como dizem as mineiras.
Fiz intervenções na tevê, dei entrevista e ainda conclui textos.
Assisti a um longo debate no Supremo discutindo se a prisão de André do Rap deveria ser decretada de novo.
Estranho, parecia uma questão bizantina. Alguns ministros estavam magoados por André do Rap ter debochado do STF descumprindo as determinações de Marco Aurélio de ficar quietinho em casa. André fugiu como Salvatore Cacciola fugiu. E certamente devem estar rindo da ingenuidade de alguns.
O problema colocado pelo artigo 316 continua sendo um problema sério. No entanto, é preciso pensar num caminho que atenda às pessoas mais pobres e não num gatilho que é usado apenas pelos ricos.
É preciso definir nível de periculosidade. É preciso colocar a condenação em segunda instância como uma obstáculo para soltar alguém.
Enfim, é preciso de uma discussão muito mais séria. Lembro-me da reunião mostrada na tevê quando aprovaram o artigo. O próprio autor da proposta disse: vamos votar logo que no plenário a gente conserta o texto.
Ilusão, no plenário o texto tende a ser cada vez mais liberal porque os deputados se colocam na condição dos presos, votam como se estivessem decidindo o próprio destino.
Hoje marquei participação num deabate sobre o projeto do BID para o Pantanal. Envolve o investimento de US$400 milhões. As autoridades brasileiras nunca deram muita bola. Gastaram até agora apenas 3 por cento do dinheiro.
Diante de todo esse processo de destruição que vivemos, nada melhor do que correr atrás do prejuizo, restaurar o que for possível, evitar novos e intensos desastres.
É preciso esquecer esses mitos de boi bombeiro que serve apenas para esconder a incompetência do governo e sua hostilidade contra a natureza.
Fonte: Blog do Gabeira