Outro dia alguém falando que tirando a Covid e Bolsonaro quase não se fala de outra coisa nos jornais da tevê, observando a primeira página do New York Times constato que Covi-19 e Trump, no caso impeachment, também são temas dominantes.
Não posso deixar de enfatizar minha preocupação com ausência de uma estratégia para abordar a variante do coronavírus que circula em Manaus e, certamente, chegou a outros estados. Ontem, ela foi encontrada no Canadá, num viajante que acabava de chegar do Brasil.
Não tomamos nenhuma providência oficial no sentido de delimitar a área de incidência e tentar controlar a saída do vírus.
O mais importante é que estamos realizando o processo de vacinação sem investir nas pesquisas que examinem se as vacinas funcionam ou não no combate a esta variante.
A OxforAstrazenica mostrou-se capaz de neutralizar a variante inglesa. Mas saiu-se mal no combate à variante sul-africana.
Numa entrevista ontem, o dr. Marco Aurélio Krieger, vice presidente da Fiocruz, disse que, em colaboração com a Oxford, já estão iniciando esta pesquisa sobre a Astrazeneca e a variante brasileira.
É preciso saber como será feita também pesquisa com a Coronavac, que numericamente, hoje é muito mais usada no Brasil do que a vacina de Oxford.
Infelizmente esses temas nã comovem o governo brasileiro. Não pesquisa, não testa, não rastreia. Li que os testes abandonados num galpão de Osasco devem ser enviados para o Haiti.
Precisamos deles aqui. Mas devem estar vencidos. É um erro tê-los deixado vencer, erro maior é destiná-los ao Haiti como se os haitianos devessem consumir o que está vencido ou estragado.
Quem vai pagar por esse erro? Muito dinheiro jogado fora, assim como a fortuna usada para comprar cloroquina na Índia, processá-las em laboratório do Exército e distribuí-las pelo pais.
A segunda feira amanheceu com chuva forte. Tenho visto alguns filmes, depois do trabalho diário.
A impressão que tenho dos roteiros é que são muito mais livres em termos de suspensão da incredulidade. Tenho visto uma série sobre religiosos dinamarqueses, às vezes tenho dúvidas sobre se a vida íntima deles é assim; parecem intelectuais de esquerda.
Da mesma forma, a série Lupin, francesa, é cheia de situações extraordinárias.
Para quem vive na América Latina e foi um leitor assíduo dos romances de realismo fantástico, até que dá para levar.
Problema meu é que vejo filmes depois de ler muito. Talvez perca um outro detalhe pelo cansaço e tudo pareça um pouco mais fantástico do que é.
Fonte: Blog do Gabeira