19 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

Sobre a minha Timeline…

Quem segue minhas postagens sabe, ou já deveria saber, que não tenho como norma deletar pessoas que solicitam adesão por me aborrecer com seus comentários. Prefiro o sabor de ser deletado por quem passeia por minhas postagens, se enfurece com minhas opiniões e me deleta.

Na minha lista de amigos tem inúmeras pessoas que discordam de mim. Algumas delas, mesmo discordando, talvez, por adotarem o mesmo critério, continuam frequentando minha página e eu a deles. Entendo que essa atitude está mais afinada com a proposta inovadora da intercomunicação pessoal, disponibilizada pelas redes sociais.

Ao contrário do Muro de Berlim, o Muro de Silício é transparente.

Ele não oblitera a visão do outro lado. Muito menos mata ou expurga dissidentes.

Essa é a grande diferença da comunicação na Era Digital.

Os ‘contemporâneos’ que entenderam rapidamente essa diferença melhor usufruem das ofertas do presente. A cultura digital, efetivamente, deslocou para o passado as analogias de cunho personalista, moral e ideológica. Meu entendimento sobre o diferencial das redes sociais com as formas tradicionais de comunicação me leva a refletir sobre um aspecto interessante que surgiu com o advento das redes.

Por incrível que pareça o equívoco no trato de alguns navegantes sobre o que é público e privado, está em descompasso com novos inputs da comunicação. Tem gente que continua achando que pode converter a dinâmica virtual em ladainha moral ou uma praça de uma cidade do interior onde a fofoca é ‘popular’. Esse ponto de vista se mostra uma espécie de ‘tábula rasa’ da subliteratura de auto ajuda, um palanque para doutrinação política.

O fato é que poucos se dão conta da revolução cultural em curso.

Por isso é sempre bom lembrar que minha TL é pública, porém, meu espaço é privado. Por será que é tão difícil para alguns entenderem essa crucial diferença?

Estarão eles inoculados pela maldita tradição cultural/política brasileira que toma na ‘mão grande’ tudo que é público?

Mal comparando, alguns usuários de rede se acham pichadores do BEM.

Como os pichadores devem achar que uma página web ‘pública’ é uma fachada residencial voltada para rua onde podem colar seus cartazes.

Não é!

As fachadas e o interior das residências são bens privados. A visibilidade pública de uma fachada não torna o imóvel um bem público.

Da mesma forma, uma ‘web page’ pública não é um outdoor virtual para ‘pichadores’ do BEM.

Toda troca de opiniões e ideias é bem-vinda. Todavia, entrar no mural alheio para postar ofensas ou se exibir como o mensageiro da verdade, um ‘ser’ mais esperto e brilhante que os demais, é uma pretensão descabida. Não credencio ninguém a se manifestar como especialista em detectar o falso do autêntico.

Militantes, fieis seguidores de ideologias e partidos, se acham ‘ungidos’ pela razão e a verdade e se sentem no direito de grafitar nas paginas alheias seu ufanismo piegas sobre personagem da política pelo qual têm adoração.

Ora, o Facebook tem muitos milhões de usuários.

Esta ferramenta virtual não obriga ninguém a ser meu seguidor.

Leitores ‘militantes’ que interpretam o papel de protagonistas ‘full time’ da verdade(sic), sem formular argumentos minimamente sustentáveis e se infiltram em páginas de terceiros para atacar opiniões que não lhe agradam, é coisa de pateta arrogante.

A síndrome de desobediência paterna, como forma de liberação, é melhor aproveitada em sessões psicanalíticas.

Pautado nessa observação resolvi propor mais uma vez ao administrador desse site de relacionamento a criação da interface:

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Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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