19 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

FHC e o governo Bolsonaro ou qualquer outro governo


Para brilhar FHC, dá uma de ‘generoso’ com o país, mas nega abrir mão do ativismo juvenil para se manter na ordem do dia.
Ser oposição ao governo é uma atitude licita, mas isso não basta! Sobretudo para um ex chefe de Estado.
Aliás, achincalhar o governo se tornou um ‘status’ da gente fina e bronzeada.
Quando penso em fazer uma crítica ao governo, logo desanimo ao dar de cara com as manchetes e spots da grande imprensa, posts e manifestos que sentam o pau no cara todo minuto.
Pense qualquer coisa para atacar o governo e verás que já foi feita, dita e reprisada por milhares de críticos de plantão.
Suponhamos que Bolsonaro goste de ser confrontado e faça com prazer provocações idiotas só para ter a atenção da galera.
Não entro nessa!
Penso o país! Não um governo. Além do mais, gosto de ser original!
Então, só me resta aguardar uma denúncia braba de corrupção envolvendo o alto escalão do executivo ou uma ordem do gabinete de segurança nacional para invadir redações,prender jornalistas e censurar as redes sociais para eu partir para o ataque contra esse governo.
O resto, já disseram tudo e muito mais.
O ‘classudo’ FHC, por exemplo, faz repetidas críticas ao governante. Porém, suas críticas me parecem tolinhas e irresponsáveis.
Digo isso porque FHC passou por dois governos. No mínimo dele se esperaria críticas mais substanciais.
Quem lá esteve por dois mandatos deveria saber e ter orgulho em compartilhar as dificuldades que enfrentou e os tortuosos esforços feitos por seu governo para reverter a tradição patrimonialista abrigada nas franjas de um estado obeso,paquidérmico e dispendioso, cercado por uma malta de políticos oportunistas, ávidos e dispostos a conchavos para abocanhar benesses e estatais e se dar bem.
Entre 1995-2003, tirante a vergonhosa e suspeitosíssima emenda da reeleição – FHC teve que ralar nas pedras para executar as maiores privatizações da história do Brasil. Durante este período, cerca de 78,6 bilhões não foram extirpados dos cofres públicos. Ao contrário, os recursos provenientes das vendas das empresas estatais ajudaram a impedir o agravamento da dívida pública e permitir um equilíbrio – ainda que precário – da economia nacional.
Mas, não! FHC, ao invés de se valer da sua experiência sai pelo mundo divulgando como “Grande Lição”😄sua opinião estritamente política sobre o ‘mau’ comportamento do presidente em exercício.
Essa atitude está sendo percebida por alguns analistas internacionais como fútil e danosa para a imagem do país no exterior.
Amigos estrangeiros, que se interessam pelo país mais do que pelas veleidades políticas internas, acham que FHC poderia contribuir positivamente para a imagem do Brasil no cenário internacional se fizesse uma análise comparativa das dificuldades que enfrentou quando presidente com as que agora Guedes enfrenta para fazer passar reformas(planos) vitais à nação.
Mas, não!
FHC insiste em preservar seu status de ativista em palestras e conferencias no estrangeiro.
FHC não é ingênuo.
Mas se faz de bobo quando o assunto é o ‘dialogo’ aberto proposto por Guedes e boicotado pelo Congresso Nacional.
Ele sabe que os investidores miram nas oportunidades, não nas falácias de um país prenhe de politicagem e com vasto histórico de corrupção. Isso os previne e afasta.
Fazendo dueto com Dilma- logo quem – FHC sai pelo mundo espinafrando o governo eleito na crença juvenil de que assim agindo está amparando a democracia (sic) e contribuindo com o país. SQN!

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

1 Comentário

  • Roberto Machado 20 de junho de 2020

    FHC foi, e continua sendo, muito mais danoso para o Brasil do que o apenado Lula.

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