24 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

Bravo, Vittorio!

Parabéns pela VITÓRIA.

Seu nome faz jus à determinação de enfrentar, de cabeça erguida, e com as palavras certas, a humilhação, o deboche e a discriminação a você dirigida por um autoritário membro do corpo docente da escola que frequenta.

Sua coragem é admirável!

A defesa da liberdade é uma luta sem trégua.

Sua coragem de expor em público sua opinião, contra os ardis e a manipulação de uma gente covarde, que usa das suas posições de poder, ainda que patrocinada por uma escola privada com mensalidades na casa de cinco dígitos, para promover estratégias ideológicas com fins eleitorais, é digna de mérito.

O fato é vergonhoso.

Tem todos os ingredientes para compartilhamento pesado e viralizar nas redes sociais.

A reação do Vittorio merece o aplauso de todo democrata que preza a liberdade e o direito à expressão do pensamento.

Se a escola deixar esse episódio sem uma resposta à altura do manifesto do Vitorio, assumirá sua conivência com uma prática autoritária e nociva à formação dos seus alunos.

Texto imperdível! Recomendo.👇

Eduardo Galvão: este senhor da foto é Messias Basques.

Messias Basques é professor na Escola Avenues, no Morumbi em São Paulo. A mensalidade dessa escola é em torno de R$ 12.000,00.

Messias Basques fez uma palestra com 4 salas da referida escola, onde a Convidada foi Sônia Guajajara.

O tema da Palestra era Diversidade de Gênero, todavia a palestra foi uma campanha política doutrinatória com foco na esquerda, evidentemente, pois Guajajara é do PSOL e já foi candidata a vice de Boulos.

O tema, diverso daquele anunciado, foi um ataque ao agronegócio, e uma sem parar defesa dos ideias do proletariado, do MST, de invasões de terras, entre outros.

Terminada a “palestra”, o professor Messias abre o microfone para perguntas dos alunos. Eram cerca de 200 alunos no auditório.

O Aluno Vittorio questiona dois temas abordados por Guajajara:

1) A invasão de propriedades privadas incentivada por Sônia Guajajara;
2) A Política do PSOL com relação a aprovação de novos “agrotóxicos”.

Mal termina suas duas ponderações, Vittorio é interrompido pelo professor Messias que lhe diz:

1) não venha debater comigo ou com Sônia, pois eu sou Doutor;
2) vc só tem opiniões, eu tenho a ciência de meu lado, pois sou Dr em Harvard;
3) em tom de deboche, fazendo Bullying com Vittorio perante mais de 200 alunos, diz que quando o aluno Vittorio discursar na ONU , ele deve voltar a debater com o professor e com Sônia Guajajara.

Messias Basques é um pústula, um mau caráter, um vagabundo travestido de professor.

A Escola Avenues é grande culpada disso tudo, pois não verifica o que seus professores fazem em sala de aula, permitindo atrocidades como a acima narrada. Vittorio é um garoto corajoso!

Parabéns Vittorio!

Messias Basques, a latrina é seu lugar.


Carta aberta de Vittorio

“Olá, meu nome é Vittorio, e fui eu que fiz a pergunta para a Sonia. Após tanta controvérsia, difamação e mentiras que estão falando de mim, decidi me posicionar, e contar do meu ponto de vista o que aconteceu. Ontem, fomos convidados a uma palestra, sobre a qual nenhum de nós foi previamente avisado. A palestrante também só foi revelada na hora, e pelo nome a reconhecemos (Vice do Boulos e filiada ao PSOL).

Não era a primeira vez que a Avenues traz pessoas ligadas oficialmente à esquerda para palestrar. Com tudo isso, entramos no teatro e nos sentamos para ouvir. Afinal a palestra supostamente era para ser sobre “Gender Equity” (Equidade de Gênero). Isso não aconteceu, em nenhum momento o tópico foi comentado, e foi aí que começou a “Doutrinação”.

Durante a palestra, Sonia falou muito sobre como os indígenas deveriam ter mais terras e abertamente criticou os fazendeiros e sua profissão. Defendeu a tomada de terra privada pela instituição que ela faz parte (APIB).

Neste momento, mais uma vez a indignação tomou conta, tenho amigos que os pais trabalham com o Agronegócio, e minha família vem da Agropecuária. Falar do agronegócio desta maneira tão pejorativa em frente a uma audiência de 300 alunos me deixou extremamente ofendido e desrespeitado (coisa que acredito que outras pessoas também sentiram).

Afinal ela estava totalmente fora do tema. Sonia continuou atacando o Agronegócio, Fazendeiros, Latifundiários e seus meios e falou de “distribuição e divisão de terras” (um claro apelo político).

Sonia também falou muito do governo atual, citando projetos protocolados e leis aplicadas de forma pejorativa, e criando uma imagem para os alunos de que precisávamos lutar contra isso.

Outra vez ficamos indignados, como que a escola traz alguém tão ligada a movimentos políticos em ano de eleição, onde vários alunos vão votar pela primeira vez na vida. O que Sônia falou, pode sim de certa forma, ser interpretado como propaganda eleitoral, visto que a mesma já foi deputada pelo PSOL e filiada ao PT (Colocando em nota, que a escola NUNCA trouxe ninguém de direita para dar um ponto de vista contrario). Além disso, Sonia exibiu dados e fatos duvidosos, e usou destes para exibir o ponto de vista dela.

Ao final da palestra, percebi que vários de nós estávamos indignados. O professor Messias Basques (que havia planejado e chamado Sonia para a escola) abriu a palestra para perguntas.

Percebi que ninguém ali iria falar nada, e se algo fosse ser feito teria que vir de mim. Não aceitei o que havia acontecido, uma clara doutrinação política, um desrespeito a profissão de vários pais de amigos e de minha própria família. Precisei vir em defesa do que eu acredito e defender a mim e aos meus colegas, não aceitei que só tivesse um ponto de vista sendo compartilhado.

Me levantei na frente de 4 classes, peguei o microfone, e falei o que pensava. Comentei o fato de estar errada, invasão de propriedade privada, não é democracia e muito menos democrático, e tentei expor a controvérsia que ela mesmo se colocou em ao falar mal de agrotóxicos (No Brasil só se pode utilizar alguns específicos tipos de agrotóxicos, os que mais poluem), falei que os partidos que ela apoia, são contra a entrada de novos agrotóxicos mais modernos e menos prejudiciais.

Durante minha tentativa de explicar esta falácia e expor um ponto de vista diferente a plateia, vários professores vieram atrás de mim, tentaram me pressionar para perguntar algo e ir rápido. Juntando isso, com o fato de estar na frente de mais de 200 pessoas, fiquei mais nervoso.

Acredito que tenha me exaltado em poucas palavras que utilizei, posso ter sido infantil realmente, indignado e sob pressão fiquei nervoso, mas nunca a desrespeitei, e quem ouvir os áudios da palestra pode confirmar isso. Minha intenção de ir lá nunca foi humilhá-la ou algo do tipo. Fui para me defender de algo pelo qual me senti atacado e expor um ponto de vista diferente, frente a uma nítida tentativa de doutrinação.

Logo em seguida tiraram o microfone da minha mão, e este professor chamado Messias Basques, começou a falar. Bom, todos ouviram o que ele me falou. Me senti humilhado, desprezado, menosprezado e muito desconfortável.

Em frente a todos, este professor começou a me humilhar e utilizar de seus diplomas para se sobrepor a mim, um aluno, em ambiente escolar, que estava tentando lutar pelo o que acha certo, e defender sua família e seus amigos das coisas ditas pela Sonia. Além disso, que diploma uma aluno que ainda está na escola tem? Não é coerente.

Sonia pegou o microfone para responder mas não conseguiu responder com clareza o que eu havia dito.

Se exaltou e falou coisas como “Privilegiado”, “Elite Branca” e acima de tudo soltou uma frase dizendo assim: “Este estado que só defende ricos e a grande elite”.

Depois de tudo o que aconteceu, depois da Sonia ter me respondido, novamente este professor pega o microfone e se dirige a mim novamente falando: “Quando o Vittorio for discursar na ONU, chamaremos ele aqui para poder debater”.

Tirando sarro da minha cara na frente de todos. Diminuindo minha pessoa e minha inteligência. Qual era o objetivo dele no último comentário? Será que ele realmente só queria me humilhar? Fiquei espantado e muito humilhado por este professor.

Cada um tem suas próprias conclusões sobre o que aconteceu, mas isso é o que tenho a dizer, e acredito que com os áudios, vcs podem perceber e ouvir o que foi dito lá.”

Vittorio Furlan Vieira

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *