13 de outubro de 2024
Adriano de Aquino

Gleisi Hoffmann


Gleisi Hoffmann não quis integrar a caravana que partiu para o estrangeiro, liderada pela Janete, para denunciar a prisão ‘política’ do Lula.
Coisa difícil é um europeu, relativamente informado, engolir a farsa de que um processo penal, claro e transparente, com todos os direitos e garantias de defesa concedidas ao paciente acusado de crime de corrupção, sensibilize uma plateia isenta.Toca apenas nos corações e mentes cooptados ideológica ou partidariamente.
Jeanete foi mesmo é passear.
Gleisi, todavia, preferiu ficar por aqui, visitando todos os dias um preso que sofre tortura pública e isolamento brutal e desumano.
Ela não larga a luta. Escolheu uma emissora de TV do Oriente Médio – onde, como na Venezuela, proliferam presos políticos, para passar seu recado ao mundo, denunciando todas as instâncias da Justiça brasileira como golpista e ditatorial.
Lá (Oriente Médio)eles entendem bem do assunto. Quase todos os cidadãos tem um membro da família perseguido ou preso pelos regimes autoritários.
O Irã, por exemplo, onde a tal TV tem alto índice de audiência, é considerado um país com histórico de crimes contra os direitos humanos difícil de superar, até para os níveis de um Maduro.
Para os telespectadores locais, Gleisi é uma figura tão etérea e irreal quanto a Branca de Neve.
Significativamente, hoje, no tocante aos direitos humanos, o Irã está pior do que foi com a Dinastia Pahlavi (regime monárquico) derrubado pelos aiatolás.
No Irã, as principais categorias de violações atuais aos direitos humanos são, entre outras: (i) tortura; (ii) pena de morte (capital) e processo penal; (iii) mulheres; (iv) minorias religiosas e étnicas; (v) abusos do governo; (vi) liberdade de imprensa; (vii) dissidentes políticos; (viii) tratamento das crianças; e (ix) homossexualismo.
Acho que Gleisi errou acertando. Na Europa, as denúncias levadas pela comitiva da Janete não encontram ouvidos tão sensíveis à farsa.
Fonte: Facebook do autor

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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