19 de março de 2024
Editorial

O Brasil que eu quero – parte 4

Tal qual aparecem nas séries de TV: “anteriormente em O Brasil que eu quero – parte 3…”.

Imagem: Arquivo Google – EBC

Continuando com a série “O Brasil que eu quero”, vou abandonar um pouquinho o Poder Judiciário e entrar no Legislativo.

Nosso Legislativo dá muito assunto, mas, infelizmente a maioria deles é totalmente contrário aos anseios do povo. Nem vou falar da Casa Municipal, onde os vereadores, que deveriam ser aqueles políticos mais próximos de seus eleitores, fazem questão de esquecê-lo tão logo assumem seus mandatos.

Vou começar logo no Legislativo Federal, em nosso Congresso, onde o povo realmente teria que ter o poder necessário para criar leis, aperfeiçoá-las, usando para isso os deputados que foram eleitos em seus estados, para representá-los na Câmara e no Senado.

A princípio, para ser curto e grosso, o Senado já começa errado em sua composição. É notório o absurdo de elegermos 3 senadores por estado. Desculpem-me os eleitores de estados menores, mas acho inadmissível, por exemplo, o Acre, ter o mesmo número de senadores do que São Paulo. E assim seguimos por outros estados menores, comparando-os com os de maior quantitativo de eleitores, como no Sudeste e Centro-Oeste. Proporcionalidade aqui não vale. Absurdo.

Por favor, não estou dizendo que um estado é melhor do que o outro, e sim comparando o quantitativo eleitoral de cada um deles.

Além disso, ainda há o resquício da ditadura (os biônicos) que perdura com 1/3 do Senado ser modificado a cada 2 anos.

A Câmara dos deputados, ou melhor, o Brasil não precisa ter 513 deputados… a metade disso (arredondando pra baixo o resultado) já seria muito…

Os salários, embora mais altos do que muitos merecem, já seriam suficientes para eles exercerem seus mandatos. Os penduricalhos que são usados para burlar o teto constitucional são uma afronta ao povo. É auxílio-paletó (tirando uniformes, algum empregador dá dinheiro pra você comprar sua roupa de trabalho?); auxílio-creche, auxílio-escola e por aí vai… sem falarmos na absurda verba de gabinete onde não há limite de funcionários, mas há limite de espaço físico, daí os funcionários NÃO-CONCURSADOS têm que fazer revezamento para poder caber nos gabinetes.

O deputado, por sua opção, pode ter apenas 3 funcionários e usar toda a verba de gabinete para pagá-los, ou 300, usando a mesma verba, dividida entre os afortunados.

Auxílio-moradia: ora pra que auxílio-moradia se temos apartamentos funcionais suficientes para todos os deputados. Não querem morar em apartamentos funcionais? Ok, alugue um melhor e pague com seu salário. Não é assim que fazemos nós os pobres mortais.

Cidadãos de Primeira Classe. Aposentam-se com 2 mandatos (de 4 anos cada um). Isso mesmo, aposentadoria com 8 anos de “trabalho”, sim, entre aspas, porque não posso considerar trabalho, turnos de 3a a 5a feira, porque na 2a e na 6a eles estão “em suas bases”. Rir pra não chorar.

Plano de Saúde? Não isso não existe. Como assim? Isso não existe, todas as despesas médicas e hospitalares são pagas pela Câmara dos Deputados. Note-se que eu falei TODAS, eles podem ir a qualquer médico, a qualquer hospital e são atendidos e a Casa Legislativa os reembolsa integralmente. O Plano de Saúde dos sonhos de qualquer brasileiro.

Bem, por hoje, vou parar por aqui pra não me alongar muito, até porque estou atrasadíssimo com O Boletim desta semana.

Continua…

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

1 Comentário

  • Ademar Amâncio 12 de dezembro de 2019

    É,tem muita gente querendo levar vida de barão com dinheiro público,assim não dá.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *