Foto: Google – Conversa Fiada
Todo “casal”, normalmente, é formado por extremos. Lembram das aulas de Física: polos diferentes se atraem. Pois é isso o que está acontecendo entre o Presidente e um de seus melhores, se não o seu melhor ministro: Luiz Henrique Mandetta.
Um deles é um líder, formado e educado para tal – se é do agrado de todos, ou não, é questão de conceito. Foi eleito, democraticamente, pela maioria, em primeiro e segundo turnos.
O outro, excelente técnico, médico renomado e que vem demonstrando uma qualidade que não se espera, normalmente, de um técnico: clareza, didática e política. O que mais um governo pode querer de um ministro? Nota 10 pra ele!!!
Mandetta tem que ter, e está tendo, um olhar médico sobre o confinamento, mas o olhar do Presidente Bolsonaro tem que ser diferente, tem que ser o de um estadista. Não há conflito. São visões diferentes. É claro que a oposição vai aproveitar o crescente número de mortes – que ocorre no mundo inteiro – para desestabilizar o governo.
A escolha do governo é quase a “Escolha de Sofia”. As empresas, os empregos e/ou a Saúde… É claro que a Saúde tem que estar em primeiro lugar, mas nunca esquecendo das outras. Tudo isso tem que ser considerado em conjunto. Esta tem que ser a visão do Presidente. E ele assim o faz. Opiniões e preferências presidenciais podem ser divulgadas como tal, nunca como rumo ou política de governo. Para isso o caminho é outro, e é o que vem acontecendo.
Quem garante que a quebradeira de empresas, o exponencial aumento do desemprego, as pessoas sem poder comprar alimentos e remédios, a violência urbana aumentando (já há saques em supermercados em SP do “Santo Dória” – ex-BolsoDória nas eleições, lembram? – pois é, hoje ele é “oposição” e, claro, se candidatará à Presidência em 2022. Sua oposição ao governo lhe dará (odeio mesóclise… “dar-lhe-á”, eu não aguento) votos nas futuras eleições.
Vamos apoiar as medidas do governo, só preservando o confinamento aos maiores de 60 anos e àqueles que o desejarem e puderem, ficar inativos.
Isolamento vertical foi a proposta do Presidente. Era o que ele gostaria. Podemos discutir. Ele deu a sua opinião, não significa que o fará, pois, evidentemente, ouvirá sua área técnica para tomar a decisão final, mas ele não pode emitir uma opinião sem que a MÍDIAVÍRUS* venha a crucificá-lo?
Estamos em guerra contra o vírus. Isso tem um alto custo, como a História ensina. É preciso repensar a maneira de empregar os escassos recursos disponíveis. Os EUA emergiram após a guerra como superpotência. Como conseguiram? Mobilizando a nação, acabando com privilégios, com os abusos adquiridos, com as mordomias. Façamos isso! Que tal executivo, Legislativo e Judiciário? Topam?
Nossos soldados são os profissionais de saúde e aqueles que fazem os serviços essenciais. A eles, nossa solidariedade e nossos agradecimentos. Para financiar a guerra, há um livro de John Maynard Keynes, “How to pay for the war”, que poderia ser útil a nossos economistas. (não o li, mas acredito na indicação do amigo Roberto Osório de Oliveira)
Uma vez que o sistema de saúde esteja preparado para a primeira onda de infecções, entre duas ou três semanas, poderemos levantar a quarentena. A proposta é a aquisição em massa dos testes rápidos para aplicar em quem vai retornando ao trabalho.
Aposentados e vulneráveis devem obedecer a relativo isolamento até que a curva da epidemia fique decrescente ou se estabeleça horizontalmente.Baixar a curva é a meta.
Toda família carente deve receber cesta básica e, SE NÃO PARTICIPAR DO BOLSA-FAMÍLIA, R$ 300 por mês. É pouco, sim, é pouco, mas não há como dar mais.
O discurso do Presidente foi uma fala típica de seu temperamento.Todos já o conhecíamos antes de votar nele. A oposição é que tenta nos desviar das nossas crenças ou das nossa pretensões…
Reparem que as perguntas que são feitas ao Presidente sempre têm um tom dúbio, para que a “mídiavírus” possa interpretar as respostas de acordo com o que lhes interessa.
MÍDIAVÍRUS: estou usando este neolinguismo, usado pelo meu amigo e colunista Ilmar Penna Marinho Jr, meu amigo e nosso colunista.
Advogado, analista de TI e editor do site.
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