12 de outubro de 2024
Walter Navarro

Alhos & Bugalhos, Lé com Cré, Dejair & Bolsonaro


Bebi querosene com Bombril, perdi-me em devaneios lúbricos com Paula Rousseff e concluí: bater na própria mãe é tão feio quanto a falta de comunicação!
Quer dizer, correr pelado atrás da mãe e/ou encoxá-la no tanque também é ato deveras condenável.
A falta de comunicação é terrível. Um dos grandes males da civilização e até na Idade da Pedra. As paredes das cavernas não me deixam mentir.
Pior que a falta de comunicação, que causa até guerras, é o ruído na comunicação: entender pela metade, entender errado, não entender ou entender outra coisa. Um perigo!
Ontem, por exemplo, aconteceu isso, ao conversar com uma amiga do Além. Calma! Além-mar…. Não quero roubar a vaga do Chico Xavier.
E neste tipo de “overseas telegram”, acontece cada uma…
Exercíamos o fácil e salutar hábito de falar mal dos petistas, quando minha amiga confundiu Gleisi Hoffmann com Graça Foster, aquela princesa que foi presidente da Petrobras, pode?
Foi um leve e perdoável equívoco, bem no estilo “Mamonas Assassinas” cantando: “… e na cama quando inflama, por outro nome me chama, mas tem fácil explicação. O meu nome é Dejair, facinho de confundir com João do Caminhão…”.
Pior foi a confusão no final da conversa.
Eu explicava à minha amiga que, já em 1993, no mínimo, toda a imprensa do Brasil estava irremediavelmente contaminada com as e os pústulas do petismo.
O exemplo que dei foi apenas um, mas poderiam ser vários. Uma entrevista do Chico Anysio, em 1993, no “Roda Viva”, da TV Cultura.
Paulo Francis, mais ou menos à mesma época, no mesmo programa de entrevistas, já tinha alertado para a mesma chaga e praga.
Mandei o link do programa “Roda Viva” com o Chico Anysio e, devido ao fuso horário, depois de um longo tempo, a dileta amiga respondeu com um lacônico: “Tô escutando o Chico”.
Como mandei um vídeo para ver, além de escutar, entendi que ela, saudosa do Brasil, estava ouvindo o notório petista Chico Buarque…
Numa dessas é que explode bomba atômica, calça de gordo, corações de Gonzaguinha, etc.
O engraçado é como Chico Anysio e Chico Buarque, se encontram, mesmo jogando em campos opostos.
Nas relações e ligações perigosas, Chico Anysio, cabra macho – como quem conseguiu engravidar a Dilma – casou-se com Zélia Cardoso de Mello, ex-ministra da Economia, Fazenda e Planejamento (1990/91) de seu primo, Fernando Collor de Mello, de sinistra memória.
Collor foi quem fudeu Lula pela primeira vez, nas eleições de 1989. Anos e propinas depois, os dois viriam ser melhores amigos de infância; como o mesmo Lula fez com Paulo Maluf. Os iguais se encontram no Arizona…
E como estes seres abissais se reproduzem até em cativeiro, Collor tem outro primo famoso. O sinistro, perdão, ministro, Marco Aurélio Mello, que foi para o STF, nomeado pelo mesmo Collor.
Vejam só onde o Chico Anysio foi amarrar sua égua. Se bem que ele comia até fechadura e sem KY!
“Zélia, Uma Paixão”, segundo o livro de Fernando Sabino, coitado, na verdade era um peixão guloso.
Antes de Chico Anysio e de roubar o dinheiro do povo, com o Plano Collor, Zélia ficou famosa por suas histórias libertinas e libidinosas com seu colega, o ministro da Justiça de Collor, o amazonense Bernardo Cabral, conhecido pela singela alcunha de “Boto Tucuxi”. Aliás, apelido perfeito para o sedutor que, num dos vários bilhetes a Zélia, descreveu sua saia como uma “delícia”!
Imaginem o que ele deve ter dito sobre as calcinhas Exocet da ministra!
Mas, para mim, a melhor cantada de Bernardo Cabral em Zélia – com quem bailou em público, “Besame Mucho” – ainda é aquela que sempre uso para pegar umas incautas: “Permita-me mimoseá-la com esta mousse de maracujá que reflete toda a doçura de seu ser….”.
Tiro e queda. Aliás, mais queda. Cabral acabou caindo da égua, do cavalo, do ministério e, em 2012, Zélia o acusou de assédio sexual…
Mas nossa conversa de ontem que acabou virando uma série de quatro capítulos, “Bonsoir e Bom Dia, Vietnã I II III e IV” não teve apenas estes pequenos deslizes, típicos do calor da luta.
Duas delas ilustrei com o cartaz do filme, “Bom Dia, Vietnã” (1987), estrelado por Robin Williams (1951-2014).
Foi aí que outra amiga, Liz Monteiro, lembrou-me que, ontem, 11 de agosto, foi exatamente o dia em que Robin Williams se enforcou, há cinco anos.
PS: Vou ilustrar esta crônica com “Lula, O Filho da Puta do Brasil”. Vai que…
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Walter Navarro

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.

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