Witzel, governador do RJ, eleito com o apoio do então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro e, mais de perto, de seu filho Flavio Bolsonaro, então candidato ao Senado, ou seja, surfando na onda Bolsonarista, foi eleito governador tendo a Segurança como seu carro-chefe.
Foto: Google – Agora Notícias Brasil
O caso Marielle foi o estopim para que a relação entre Witzel e a família Bolsonaro fosse para o ralo. Bolsonaro atribuiu a Witzel o vazamento à imprensa das investigações sobre o crime que citaram uma suposta conexão entre ele e o caso – o porteiro do condomínio onde mora o presidente e também um dos acusados pelo homicídio teria dito que o “seu Jair” autorizou a entrada de outro suspeito pelo assassinato. A informação motivou uma reportagem da TV Globo que acabou desmentida pelo Ministério Público do Rio. A tentativa de associar Bolsonaro ao assassinato de Marielle despertou a ira dos bolsonaristas.
Depois disso, Witzel se lançou como pré-candidato à Presidência da República eliminando de vez qualquer chance de reconciliação com a família Bolsonaro.
Com a pandemia, veio a crise na saúde , a calamidade pública e as compras, sem licitação, super faturadas. A prisão do seu Secretário de Saúde, que em cuja delação, citou o Witzel como ciente de todas as negociatas feitas até então.
Evidentemente, Witzel refutou todas as acusações, mas logo a seguir, o empresário Arthur Soares – o Rei Arthur como era conhecido – fez uma proposta de delação premiada onde indicava Witzel como ele sendo o chefe supremo do esquema, nos mesmos moldes do ex-governador Sérgio Cabral, ou seja, usando o escritório de advocacia de sua mulher como forma de lavar o dinheiro recebido indevidamente.
Advogado, analista de TI e editor do site.