Tal qual aparecem nas séries de TV: “anteriormente em O Brasil que eu quero – parte 4…”.
Fotomontagem: Valter Bernat – original: Brasil247
Continuando com a série “O Brasil que eu quero”, vou continuar no Poder Legislativo, no entanto, hoje, vou me deter apenas em dois pontos:
Câmera dos Deputados: um dos problemas mais importantes, senão o maior: a quantidade de deputados. Como eu disse no “capitulo” anterior, temos que engolir hoje 513 deputados, divididos por seus estados de acordo com seu colégio eleitoral.
Se formos olhar, assim, rapidamente: os Estados Unidos, que têm mais que o dobro de nossa população, quase o dobro de estados e elege, para um mandato de apenas 2 anos, 436 deputados para representar 50 estados. Nós, com 27 estados, temos 513 deputados e com mandato de 4 anos…
É certo que o sistema de votação deles é diferente do nosso, mas se a representação deles é mais do que suficiente. Por que nós precisamos de mais representantes do que eles?
Nem vou falar das mordomias e penduricalhos que temos por aqui e que sequer são ou foram tentados por lá…
Mas o meu objetivo hoje é falar sobre o Fundo Eleitoral público.
Isso não me desce pela garganta. Não, não pensem que este Fundo Eleitoral substitui o Fundo Partidário… este é outro, exclusivamente criado para compensar a proibição de doações de pessoas jurídicas aos partidos para tentar minimizar o Caixa 2 e as corrupções…
Eu, que já não concordava com o Fundo Partidário, concordo menos ainda este novo. Continuo achando que quem quer se candidatar deve usar seus próprios recursos ou os de seu partido, que devem cobrar mensalidades de seus filiados para que, com esta grana, façam as suas propagandas eleitorais.
Não quero que usem meu dinheiro para isso. Não há quem não fique indignado com o que lê, vê ou ouve na mídia acerca desta proposta de nossos parlamentares no sentido de aumentar o fundo público eleitoral para nada menos do que R$ 3,8 bilhões.
Só podem estar de brincadeira. Isso aqui não tem mais jeito mesmo. Falar mais o quê?
Este obsceno fundo eleitoral recebeu um aumento bilionário. É inacreditável que, num país miserável como o Brasil, onde se morre de diarreia na fila do hospital público falido, só exista dinheiro para pagar a esbórnia dos políticos.
Precisamos nos livrar deste sistema político eleitoral e nos reinventarmos politicamente.
Um país onde os legisladores consideram legítimo reduzir o uso das, já insuficientes, verbas públicas para Educação e Saúde em favor do aumento para financiar suas sórdidas campanhas (ainda que sejam honestas) não precisa de catástrofes naturais nem de inimigos internos para o seu fracasso como nação.
E, o que é pior: os cidadãos não se revoltam com isso, nem com a baixíssima produtividade de seus servidores públicos.
Precisamos completar a reforma da “renovação legislativa” iniciada em 2018 (quase 50% da Câmara).
Vamos anotar bem o nome dos deputados e senadores que se colocam contra a vontade do povo para, em 2022, expulsá-los para sempre da vida pública.
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