–No 3o andar, sala 312. A Assessoria de Imprensa e Comunicação, que iniciei, dei o nome de Photo Fashion, com o logo de Italo Cencini.
0 3o Andar era o mais badalado, cujos vizinhos eram executivos famosos desde a Beatriz Monteiro de Carvalho, Alessandro Roig, e o Mozarteum Brasileiro da Sabine Lovatelli entre outros.
Foi através do Mozarteum da Sabine – minha vizinha de porta – que conheci quase todas as melhores orquestras internacionais sinfônicas e filarmônicas que traziam para o Brasil. Apresentavam concertos deslumbrantes: Orquestra da Scalla de Milão com regência de Ricardo Mutti, Filarmonica de NY com Zubin Mehta, Orquestra de Boston com o Seiji Osawa, Claudio Abado, entre tantos outros regentes internacionais.
Eu sempre ganhava os melhores ingressos na plateia e às vezes sobravam mais de 10 convites que me davam. Sobravam…
Muitos amigos usufruíram destes convites e eu ficava muito feliz em poder trazer a eles a beleza que eram essas orquestras.
Um dia o Bank of Boston trouxe a Orquestra de Boston com o Seiji Osawa, e eu não conseguia esses ingressos. Eram somente para convidados do Banco.
Resolvi, no final da tarde, dar uma caminhada no Parque Ibirapuera.
Quando acabei meus exercícios, pensei… -Já sei, irei no Anhangabaú onde terá um telão para quem quisesse participar desse evento.
Fui do jeito que estava, roupa esportiva, camiseta, tênis e rabo de cavalo. Fui de metrô.
Quando cheguei lá vi, desde os garis, funcionários daquela região, muitos pipoqueiros, vendedores ambulantes e gente muito simples.
Fui comprar pipocas e acabei ganhando do pipoqueiro.
Sentei no chão, e ao lado desse público simples e trabalhador, não se ouvia uma palavra. Olhavam para o telão e ouviam a beleza da orquestra sem piscar.
De onde se conclui que ensinando tudo dá certo.
Foi uma das melhores orquestras e os melhor público, silencioso, atentos e olhos que brilhavam..!!
Lindo de ver! The end.
Jornalista… amo publicar colunas sobre meu dia a dia…