19 de abril de 2024
Colunistas Priscila Chapaval

Dona Terezinha, a mais nova amiga aqui do bairro

Essa semana estou de molho por conta dos dois implantes dentários, importantes para a arcada, mas que incomodam um pouco demais para meu gosto.

A dor vai passando, e o inchaço diminuindo aos poucos, dia após dia a melhora se apresenta.

A minha sorte é ter uma dentista a 50 metros de onde eu moro, e ela é super cuidadosa, e excelente profissional.

E hoje resolvi dar uma saidinha e ir até a casa de uma senhora gracinha que conheci há uns anos no cinema Reserva Cultural. Na ocasião ela estava com outras amigas e comentavam sobre o filme excelente que vimos, e eu, muito folgada entrei no papo também.

Soube que morava muito perto da minha casa, e desde então ficamos amigas. Animada, me chamava para para caminhar aos domingos e me levou em locais muito especiais- centros culturais, cafés novos, supermercados orgânicos, tudo aqui do bairro que eu não conhecia por pura preguiça.

Soube na pandemia que ela pegou Covid e ficou 2 meses internada. Mas com a cabeça boa que ela tem, superou tudo e nem se lembra desse episódio. Nessa época da sua recuperação na sua casa, ela tinha duas cuidadoras e não recebia visitas. E hoje posso dizer que ela ganha na caminhada, está curada mas sempre alertando: ” Essa Covid é horrível! Se cuida porque não foi fácil!”

A história da vida dela também é linda. Foi casada, teve filhos e tem netos, e o alto astral é sua maior característica.

Cheguei na casa dela e toquei a campainha, e ela ficou feliz de me ver e me atendeu de roupão assim mesmo. Fez questão que eu entrasse e tomasse um café com ela.

Conversa vai, conversa vem, soube que ela foi a responsável pela Biblioteca Viriato Correia aqui na Vila Clementino. Ouvir suas histórias das viagens pelo mundo afora é viajar nas suas palavras.

E hoje estava ainda mais feliz pois despachou a última cuidadora pois segundo ela não aguentava mais ter uma pessoa seguindo seus passos.

Lúcida, cabeça boa, inteligente, simpática, uma querida, ainda me deu o telefone do jardineiro dela que há tempo eu procurava.

Voltei logo para casa pois o dia começou a escurecer e quis chegar antes da chuva.

As vezes me pergunto porque gosto de conhecer gente. Esse nosso encontro valeu a pena pela pessoa que ela é. Gosto muito de gente idosa e com cabeça boa.

Quero envelhecer e ser como ela! Será que consigo???

E ainda sai da sua casa com um monte de mudas de plantas ornamentais que amanhã irei plantar sob a supervisão do disputado jardineiro.

Valeu a pena?

Priscila Chapaval

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

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