Ficará mais caro o voto para aprovar a PEC que fura o teto de gastos e dá um calote em dívidas reconhecidas pela Justiça
Tudo pode acontecer, hoje, na Câmara dos Deputados, com a votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que desrespeita a lei do teto de gastos e aplica um calote no pagamento obrigatório de dívidas judiciais (precatórios).
Tudo pode acontecer, inclusive nada. Se Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, concluir que não terá votos suficientes para aprovar a proposta, dará um jeito de ganhar tempo, empurrando-a com a barriga. Há um arsenal de truques à sua disposição.
Se concluir que terá o número de votos necessários (308), mas nada além, enfrentará o dilema de pôr ou não a PEC em votação. E se alguns deputados traem o compromisso assumido com ele e com o governo de registrar “sim” no painel eletrônico?
Fonte: Blog do Noblat
Jornalista, atualmente colunista de O Globo e do Estadão.