28 de março de 2024
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Sobre a passeata de domingo

Estou fora do Brasil, não sei como rolou a convocação para a mal sucedida passeata de anteontem, domingo. Embora compartilhe com os meus amigos coxinhas a decepção com a situação brasileira, acho que, se continuasse morando no Rio de Janeiro, também não iria. Ou iria, mas sem ânimo nenhum.
Protestar contra o quê? Apoiar o quê? Minha receita para o Congresso Nacional é radical, prefiro só dividi-la com amigos muito próximos. Dou uma pista: sobrariam um ou dois, se sobrassem. Aplaudir o Temer? Como, se ele, tal e qual a Dilma, me foi imposto e eu o considero farinha do mesmo saco dos deputados e senadores que contaminam a sociedade brasileira com o câncer da corrupção? Gritar que sou contra a lista fechada? Bem, se algum brasileiro, em sã consciência, é a favor dessa excrescência, lamento informar, mas este brasileiro merece os políticos que tem.

No momento, não acredito em ninguém, em nada. Executivo, legislativo, judiciário, não há, no Brasil, nem sombra de alguma coisa em que coloque a minha fé. Por isso, não consigo entender os meus esquerdinhas. Estão, todos, animadíssimos com a não-passeata de domingo. Não param de celebrar nas redes sociais. Coitados, meu Deus, tão tolinhos. Por quem eles tanto torcem? Lula? Dilma? Bem, se estas duas figuras ainda forem dignas de crédito por alguém com dois neurônios ou que não está levando alguma vantagem, prometo que mudarei de opinião. Deixarei de ser coxinha, pois, com certeza, surgirá das atuais brumas alegrinhas alguém capaz de me explicar como um metalúrgico, proprietário de um carrinho popular nos anos 1980, transformou-se numa das maiores fortunas brasileiras, segundo a revista
Forbes. Não vale argumentar que o Lula ganhou repetidas vezes na Mega-Sena, ok?
Voltando à passeata que foi para o brejo, ela teve uma vantagem: deixou os meus esquerdinhas excitadíssimos, parecendo crianças no dia de Natal. Crianças que o Papai Noel visita, claro. Não estou me referido às criancinhas-massa-de-manobra que passam fome hoje, como sempre passaram, porque, apesar dos discursos esquizofrênicos da esquerda, nunca nada mudou neste país. A não ser as moscas.
Que gente tão feliz, os esquerdinhas. Vou continuar curtindo a alegria deles com o que consideram uma vitória.
Vitória inútil, vitória de Pirro. Está sendo festejada num país naufragado, destruído por sujeiradas, sem um político em quem se possa confiar.
Sério, prefiro ser coxinha e acreditar que ainda vamos virar o Brasil pelo avesso para jogarmos fora toda a podridão.
A começar pelo PT.

O Boletim

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