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Quem poderia imaginar que uma florzinha tão pequenina em uma árvore relativamente grande anunciasse uma fruta tão doce e deliciosa? Eu vi a flor virar a fruta.
E pensar que para as crianças das cidades, frutas só à venda nos mercados ou feiras. Acabou a poesia. Não amam a Natureza porque não a conhecem. Ou seja, a Natureza não é importante, como, digamos, o celular. Aprendemos a Amar a Natureza quando somos crianças. Depois, esse amor deveria expandir-se e abranger tudo à nossa volta. Hoje, confundem amor com luxúria. (E não vamos confundir luxúria com luxo, como já cansei de ler rsrsrs).
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Diospyros Kaki é o nome científico do caqui. Vem do grego antigo e significa fruta divina. Segundo a Wikipedia, é o trigo de Zeus, ou a pera de Deus.
No grego moderno o nome da fruta é λωτός (lotos), e acham que o caqui é da família do lótus a que se referiu Homero na Odisséia.
James Joyce escreveu “Ulysses”, publicado em 1922 e o protagonista e herói do livro chama-se Leopold Bloom.
Suas peregrinações e encontros em Dublin em 16 de junho de 1904 refletem, em uma escala mais mundana e íntima, as de Ulisses ou Odysseus (em grego) em “A Odisséia”, o poema épico de Homero, uma sequência de “A Ilíada”, escrita no século VIII a.C.
Só que ele considera o lótus uma espécie de narcótico. Certamente não é o caso do caqui.
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No livro de Joyce, no segundo dos três “morning chapters”, que Joyce chamou de “Comedores de Lótus” começa a saga da jornada de um dia inteiro de Bloom por Dublin, com uma meditação sustentada sobre drogas e outras táticas para evitar a realidade, inspirada por cerca de duas dezenas de versos do poema de Homero em que vários dos homens de Ulisses caem sob o feitiço de uma planta narcótica.
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Jornalista, fotógrafa e tradutora.