6 de outubro de 2024
Colunistas Junia Turra

Mas… de novo

Mas… são tão especiais, mas tão vazios. Tão espetaculares, mas não enfrentam o espetáculo.Tão filosóficos, mas usam frases feitas. Tão viajados, mas conhecem apenas lugares.

Têm amigos, parentes com dinheiro ou eles mesmos, mas querem cada vez mais o dinheiro dos outros. Tem amigos sem dinheiro, ou eles mesmos, mas estão de olho em como isso pode render para eles.

Mas… a mim não interessa o que eles têm, os lugares onde foram; eles não saíram de si, não enriqueceram a alma, jogam palavras ao vento, não chegarão lá onde se deve chegar, porque não são… Mas sabem disso.

Vazios, com dores absurdas na pequeneza da alma.

No fundo, são incapazes de aprender – não aceitam nenhuma dor, nenhum obstáculo ou frustração. Mas querem, sim, descontar tudo na humanidade. Descontar a perda, o revés na vida, a insignificância que lhes cabe, o amor que não sentem, porque não se bastam a si mesmos. Mas ainda que cobertos de ouro ou enfiados na mais tosca miséria, são os mesmos.

Mas quem são eles? Os que querem o poder, o controle, andar em bando, receber aplausos para esquecer que existem, sempre mesclados no outro.

Precisam mostrar que são… Que são muito, que são tudo… Querem dominar, controlar, saber as informações, todas, de tudo e de todos. Mas é nesse ponto que são derrotados.

As informações não são relevantes. O relevante está no Ser. Mas isso significa para eles “o nada”. E eles tentam transformar todos os que são em nada.Mas logo eu que não sou nada,sei muito bem quem sou…

Sou um pouco do pássaro, da montanha, do vento, da folha que cai, do inseto que não desiste e espera a fresta para sair e se libertar. Mas se caio, levanto e sigo desajeitado o meu caminho, como um nada…

Não sigo grupos, não… Mas tenho iguais, e nos reconhecemos. Eu sei quem sou. Eles sabem quem são. Temos o mesmo princípio e buscamos o mesmo fim.

Mas nas nossas diferenças nos tornamos único se seguimos sós. Mas nunca sozinhos. Somos a somatória de todos e seguimos juntos para o mesmo fim. Mas não precisamos de aplauso não, precisamos que gritem nosso nome sabemos quem somos. Já disse e repito: nos reconhecemos. Mas…nenhum diferente conseguirá estar em nós.

Ser um de nós, ser o que somos não podem nos possuir. Não podem nos destruir ainda que nos matem, nos ridicularizem, nos humilhem, ainda que vençam.

Mas se quando nos subjugam se julgam muito e julgam demais saiba que, quem tem limites não alcança vitória plena. Esteja certo disso!

Mas, isso só acontece porque nós damos de ombros e logo eles ficam pelo caminho. Nos entristecemos!

Cada um desses é mais uma decepção. Fica um vazio. Mas apenas nos encheram de vazios do vazio deles. Mas precisamos é nos preencher com aquilo que soma, que cada vez nos dá mais leveza e nos eleva.

Mas o que nos move? A liberdade. A liberdade que incomoda. A liberdade que traz o desconhecido. A liberdade que não se submete. Vamos adiante, porque é essa a única direção. Se estamos caídos e permanecemos, é porque olhamos o chão.

Mas não tente nos impedir de ser.

A Liberdade é inegociável!

Junia Turra

Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.

Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.

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