A indicação do embaixador nos U.S.A. é uma questão de PRIORIDADES e cabe ao PRESIDENTE defini-las – não aos palpiteiros profissionais.
Confesso que já estou meio enfadado de ver os especialistas de Facebook definirem o que é certo ou errado nessa já cansativa polêmica.
Antes que a Kombi lotada estacione ao meu lado, e desembarque a multidão de meia-dúzia, munida de archotes e ancinhos e pedindo minha cabeça, esclareço.
Para mim é bastante simples: como disse no título do post, é uma questão de prioridades, cuja definição cabe ao presidente. E só.
Parece claro que, para Bolsonaro, a aliança – que transcende a meramente política – com os Estados Unidos é de relevância tamanha que ele não quer se arriscar a comprometê-la entregando a embaixada a alguém que não seja de sua mais estrita confiança.
Não custa lembrar a cada vez mais extensa lista de aliados de ocasião – que, após garantirem seus mandatos, mal esperaram a vitória do Bolseiro para abandoná-lo.
Pode-se discutir se ele está certo ou não na atribuição desse papel aos americanos.
Particularmente, acredito que sim – basta lembrar os países que, na década perdida, estavam alinhados ao Brasil. Lembram? Eu prefiro nem lembrar.
Pode-se discutir se Eduardo Bolsonaro não seria de mais utilidade aqui, exercendo seu mandato, do que em um cargo diplomático.
O que não se pode é posar de vestal da moralidade hoje – esquecendo, convenientemente, a verdadeira farra do boi que foi a distribuição de cargos, do baixo e do alto clero, pelos parasitas que estiveram alojados – e, nossa, que expressão perfeita – no poder durante mais de dez anos.
E – last but not least – Eduardo Bolsonaro sabe fritar hambúrguer.
Pensem na economia aos cofres públicos.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.