26 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

O melhor presente de Natal: a chegada das vacinas no Brasil

“Quando você olha muito tempo para o abismo, o abismo olha para você”, filosofou Nietzsche.

Quando vamos deixar de olhar para as trevas e olhar com otimismo para as boas novas das vacinas?

Será que estão chegando mesmo?

Para uma vacina ser comercializada no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa aprovar o seu registro. O que só acontece, depois de concluída a longa série de requisitos clínicos, com destaque para os “dados de segurança, eficácia, qualidade e boas práticas de fabricação”.

A Anvisa já aprovou os estudos clínicos de quatro vacinas, que não necessariamente serão produzidas no país e está desenvolvendo, em ritmo acelerado, as análises sobre o armazenamento e a logística da distribuição.

Caso aprovadas, cabe ainda definir os compromissos de monitoramento do desempenho do produto, de sorte a “acompanhar quais foram as reações adversas e se os produtos são eficazes quando são aplicados em massa”.

Enquanto, a ciência avança na definição do tempo de proteção da vacina, que, por conta da urgência, pode ser de apenas 6 meses, o Brasil enfrenta descabidos impasses, causados pela politização da pandemia com repercussões na distribuição das prometidas curas, um negócio altamente rentável, envolvendo bilhões de dólares.

O secretário de Vigilância em Saúde enfatizou que nenhuma vacina contra a Ccovid-19 será descartada, se passar da 3ª fase  de testes no Brasil: “O governo brasileiro não tem preferência por nenhum laboratório, desde que a vacina esteja devidamente registrada na agência regulatória”.

O país estará extremamente vulnerável na saúde pública e na economia no começo de 2021, por terem os Togados do Supremo e os congressistas tornado inadiáveis as eleições municipais. O cumprimento do calendário eleitoral trouxe a 2ª onda do coronavírus para o Brasil, causando o galopante aumento de 35% nos óbitos por Covid-19 e, historicamente,  as eleições tiveram uma abstenção recorde. No primeiro turno, a média foi de 23,14% , em todo o país. No segundo, foi de 29,47%.

Nessa polêmica eleição, a grande mídia cansou de incentivar #SairDeCasa para votar. Muitos saíram e voltaram para casa na má companhia do “vírus chinês” .

Acorda Brasil!

Desde a corrida presidencial de 2018, as redes sociais demonstraram estar cada vez mais aptas e motivadas em fomentar a união de TODOS os brasileiros na reconstrução de um Brasil Melhor.

Agora, em pleno agravamento da pandemia, elas se mobilizam em defesa da robustez das instituições democráticas, buscando impedir que se degradem no turbilhão das ambições políticas e na ganância da comercialização de vacinas não eficazes.

Num país, em que o poder ainda emana do povo, elas não vão permitir em sua legítima posição patriótica que os guardiões da Constituição fiquem acima da Magna Carta.

Nem que o Presidente da Câmara e o Governador de São Paulo fiquem isentos de punição, por terem promovido uma gigantesca aglomeração para comemorar a vitória partidária na capital paulista, com o consequente aumento das mortes por Covid-19 e a trágica superlotação da rede hospitalar, trazendo mais desespero e luto à população.

O primeiro já foi punido pelo Supremo, que impugnou a sua reeleição, e o segundo vem merecendo, por influenciação das redes sociais, o maior índice de rejeição do país.

Que Deus ilumine  na nossa caminhada em defesa do bem e da salvação do Brasil.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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