30 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

A lição de felicidade dos filósofos gregos

O meu querido amigo, o Desembargador Álvaro Mayrink da Costa vem se dedicando à revisão da 3ª edição de sua renomada obra: “Raízes da Sociedade Criminógena”, com os seus sábios ensinamentos no universo do Direito Penal, em primorosa contribuição “à estabilidade social de uma sociedade livre, justa e solidária”.

No nosso recente reencontro, impressionou-me a sua entusiasmada narrativa histórica sobre o objetivo existencial dos filósofos gregos. A começar pela evocação da célebre frase do filósofo Platão: “Tente mover o mundo, mas comece movendo a si mesmo.”

Com efeito, nada mais vital no mundo contemporâneo.

Aristóteles, mestre de Platão, considerava “o homem por natureza um animal político” e, sendo um defensor do sistema democrático, reinante em Atenas, enaltecia na sua dialética a necessidade de se buscar pacificar os conflitos no contexto do poder, para que a vida em sociedade levasse os gregos ao bem supremo da vida humana: a conquista da felicidade.

Se ser feliz era a finalidade última dos filósofos gregos, torna-se imenso o desafio de alcançá-la nesses tempos difíceis que estamos vivenciando. São muitos os enfrentamentos e as dificuldades para se obter bons resultados na labiríntica área social e econômica.

Reina o estigma desalentador de que a humanidade regrediu, depois que a tragédia sanitária se disseminou e devastou a vida comunitária e enlutou as famílias no mundo inteiro.

Vive-se hoje a ameaça de uma guerra nuclear, o gigantismo de manifestações violentas de ruas, em Paris, Tel Aviv e em outras capitais, a violação dos direitos constitucionais, sem uma Suprema Justiça igualitária para todos, retardando o atingimento de um novo marco civilizatório.

Infelizmente, nosso país vive momentos de incertezas com relação à construção de um futuro melhor e mais justo, pela ameaça da repetição de um passado nefasto, que os mandantes querem ocultar e os opositores insistem em denunciá-lo como afronta à história republicana.

O que o povo brasileiro almeja no convívio democrático é respirar a verdadeira esperança de dias melhores, sem o respaldo de promessas demagógicas e a odiosa tutela do revanchismo.

Superadas as intempéries políticas, sob a proteção de Deus, estaremos aptos a adotar a esplendorosa receita filosófica dos sábios gregos: só se alcança a felicidade, curtindo ao máximo vida para sermos realmente felizes.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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