

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que o surto da pandemia já não constitui uma emergência de importância internacional, as atividades econômicas, sociais e educacionais foram retomando, aos poucos, a sua normalidade cotidiana.
No Brasil, ao se confirmar a tendência de queda mundial das ocorrências graves e mortes, registrou-se também a redução da pressão sobre o Sistema Único de Saúde – SUS.
Com o ressurgimento do convívio social, o turismo interno ganhou força econômica com resultados positivos na arrecadação de vários Estados da Federação.
Também o turismo internacional se beneficiou com uma corrida global de turistas ávidos em conhecer novos horizontes e costumes de outros povos de como curtem a vida, pós pandemia.
O normal é que as despesas de passagens, hospedagem e diárias sejam pagas pelo viajante.
No Brasil, o bem nutrido cofre federal paga, sem reclamar, todas os gastos no exterior do Presidente, da sua digníssima esposa e da vasta comitiva de acompanhantes sanguessugas.
Já acumulou nos seus 3 mandatos 545 dias fora do país, um recorde internacional, que nos envergonha perante a comunidade mundial.
O privilegiado mandatário nos seus dois primeiros mandatos (2003-2010) realizou 139 viagens internacionais para 80 países em 5 continentes.
O Planalto defende as viagens ao exterior pela obrigatoriedade de o Presidente cumprir os inadiáveis compromissos diplomáticos com o objetivo de “restaurar a imagem do Brasil lá fora, que correu um risco de um golpe” em 8 de janeiro de 2023 com a frustrada tentativa do seu antecessor, qualificado publicamente de “covardão”.
O Palácio do Itamaraty reina como uma mera agência de turismo e um promoter dessas viagens presidenciais, que atingiram a gastança de R$ 65,9 milhões.
Omisso, na prioritária emergência da reconstrução do RS, o presidente triunfalista, um ex-atrás-das-grades, nunca inocentado, conduz o país à bancarrota, com um rombo nas contas públicas de R$ 230,5 bilhões, em 2023, e as estatais com o pior déficit registrado, desde 2017.
Nada justifica essa escandalosa queima do dinheiro público em viagens internacionais “oficiais-turísticas”, como passar o romântico “Dia dos Namorados” na bela Itália, num hotel 5 estrelas, cuja diária ultrapassa os RS 71.000…
Que Deus nos proteja das contas a pagar de um Brasil falido.


Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.