Sai de linha este mês um dos modelos nacionais mais divertidos para quem curte esportivos, o Renault Sandero RS. Versão “tunada de fábrica” do hatch compacto criado na Romênia pela Dacia – subsidiária da marca francesa focada em veículos acessíveis para mercados emergentes –, o carrinho vai além dos simples retoques cosméticos que costumam compor as versões puramente “esportivadas” que dominam nosso mercado e, pelo menos para pessoas com o eu, vai fazer falta.
Para entender todos esses elogios, conhecer mais detalhes sobre o modelo e, quem sabe, até compartilhar da melancolia do autor deste post, sugiro ler aqui a avaliação que fizemos do carro em 2018 e assistir ao vídeo que produzimos com ele para a TV rebimboca (acima).
As razões técnicas para o fim do RS, segundo apurei, estão principalmente, em um de seus pontos mais fortes: o motor 2.0 16v (abaixo), que gera 150 cv de potência e quase 21 kgfm de torque com álcool, herdado do Renault Megane e que já equipou, também, os SUVs Duster e Captur. Sem turbo nem nada. Antigo, ele precisaria passar por alguns ajustes (leia-se: receber invertimento) para que se enquadrasse nas normas ambientais previstas pela legislação brasileira para 2022.
Mas, claro, o principal motivo, mesmo, são seus baixos números de vendas atualmente. Embora não tenha sido criado para ser um best-seller, quando lançado, esse RS custava R$ 58 mil e, pelo que oferecia, era um dos melhores custos-beneficios disponíveis em nosso país. Hoje, seu preço sugerido beira os R$ 100 mil – mas, atenção, no momento em que eu fechava este texto, havia uma oferta no site da montadora em que ele era oferecido por ainda razoáveis R$ 90.790,00.
Seu eu tivesse com esse tutu sobrando no bolso, comprava um.
Fonte: Blog Rebimboca
Jornalista, blogueiro e motorista amador.