A Toyota orgulhosamente anunciou no mês passado que atingiu a impressionante marca de 50 milhões de unidades vendidas globalmente de seu modelo Corolla, que já há um bom tempo ocupa a primeira posição entre todos carros já produzidos. Nada mau, mesmo.
É claro que, ao longo de suas 12 gerações (que você vê, todas, nas fotos deste post), a única coisa que realmente foi mantida ao longo do tempo foi seu nome. Mas isso, excluindo modelos como o Fusca e o Citroën 2cv, que atravessaram décadas com linhas e base mecânica com poucas alterações, é algo comum no mercado e não creio que diminua a importância do feito. Afinal, se o Corolla é hoje uma referência global em automóvel, isso se deve à consolidação de seus atributos por toda a “dinastia”.
Dinastia essa que se iniciou em 1966, com o lançamento do carro na foto acima e que, como vocês podem perceber, não era lá muito original em termos de desenho – ou mesmo mecânica. Abaixo, só para ilustrar, posto uma foto do Opel Kadett coupé 1965, lançado anteriormente e com um desenho e configuração mecânica bem semelhantes. E não era o único, claro.
A verdade é que, àquela altura, a indústria automobilística japonesa não era ainda famosa por sua personalidade própria ou invocações de vulto, e, na maioria dos casos, fabricava produtos claramente influenciados por modelos de outros países. Isso, claro, mudou ao longo de seus 55 anos de vida. O próprio Corolla, que foi um modelo criado para ser popular, agradando o consumidor médio de muitas nacionalidades, e que teve gerações com estilos que o faziam “sumir na paisagem”, hoje, se não provoca estranhamentos radicais com seu visual e recursos, certamente traz personalidade em estilo e até em tecnologia.
No Brasil, o Corolla começou a ser vendido, importado, em 1994, passando a ser fabricado no interior de SP (Indaiatuba) a partir de 1998. De lá, já saíram mais de 1.400.000 unidades do carro, vendidas aqui e exportadas para outros mercados latino-americanos.
Atualmente em sua 12ª geração, o Corolla segue aqui como um sedã de porte médio – já tivemos também uma versão SW do carro, a Fielder (2004-2008), ainda produzida no Japão. Ele lidera as vendas em seu segmento em nosso País, sendo oferecido em versões a combustível flex e híbridas e, recentemente, ganhou até um irmãozinho, o Corolla Cross, um SUV com o qual compartilha sua base mecânica híbrida.
Do modo como esses utilitários esportivos vêm se expandindo em nosso mercado, literalmente matando outras configurações e linhas, eu não estranharia (embora não ache isso lá muito provável), se, na próxima grande comemoração de números do Corolla, só tivermos sua versão SUV por aqui.
A galeria se completa com as fotos abaixo.
Fonte: Rebimboca online