Lindo domingo no Rio. Sol brando, água quase fria. Apesar de todas as coisas horrorosas que acontecem aqui, corrupção e violência, o inverno na cidade é uma das melhores fases do ano. Custo a entender porque os turistas preferem o verão, na época em que havia turismo.
As eleições americanas podem representar uma volta dos democratas ao poder. Hélio Gaspari, que está se despedindo para umas férias, lembra que o Brasil precisa começar a conversar com os possíveis novos vencedores.
Mas é uma tarefa para embaixadores experientes, tipo de quadro que o Ministro Ernesto Araujo abomina.
Bolsonaro e sua equipe ultra ideológica vão morrer abraçados a Trump. Acho difícil que tenham flexibilidade para recolocar o Brasil não só numa nova relação com os EUA mas também com o mundo.
Ontem, entrevistamos o cientista Carlos Nobre. Ele fala sobre o potencial econômico da Amazônia. De fato, tecnologias modernas sobretudo a biotecnologia, poderiam atrair muito investimento para cá.
Ele lembra como é importante a marca dos produtos da Amazônia e conta o sucesso do açaí não só na Califórnia como em muitos outros lugares do planeta.
Hoje o açai já rende mais do que a madeira que o objeto do desejo de muitos desmatadores que contam com a simpatia do governo.
A forma do governo ajudar os desmatadores é praticamente eliminar as multas. Foi criado um mecanismo de avaliação das multas e as aplicadas agora são julgadas em 1921. Certamente serão perdoadas.
Hoje teremos uma homenagem a Alfredo Sirkis. É uma cerimônia virtual que terá a presença do rabino Nilton Bonder. É também uma excelente figura. Tive a oportunidade de escrever o prefácio para seu livro Alma e Política, uma análise dos tipos políticos à luz da Cabala.
Com isso termina um domingo quase como os domingos de antigamente. Faltou o almoço em família, a edição dos programas da viagem semanal e uma partida de futebol.
O futebol voltou mas sem torcida. Nunca poderia imaginar como é tão importante uma torcida. Sinto isso quando diante de um chute perigoso em que a bola passa rente à trave. Sem o uhhh da torcida quase perde-se toda a emoção da jogada.
Segunda é outra semana dura. Começo com um artigo no Globo chamado A política da negação, uma interpretação freudiana da reação de Bolsonaro ao coronavírus.
Fonte: Blog do Gabeira