O site do TSE sofreu um ataque ontem. É bom se acostumar. Tenho sofrido ataques ao longo dos anos. Quase sempre vêm de fora, Oriente Médio, Ucrânia.
Se quisermos manter o sistema moderno, ao contrário daquela confusão americana, teremos que nos dedicar muito ao esquema de segurança.
No meu caso, eles derrubam, o site cai e levanta em seguida. Mas o mesmo não pode acontecer com um sistema dedicado a contar o votos.
Existe uma tendência de solapar a democracia. Nos Estados Unidos, Trump usou um sistema antiquado para denunciar fraudes. Aqui no Brasil, usarão um sistema moderno com a mesma intenção.
Levantar suspeita sobre um processo eleitoral é fácil: se ganhar tudo bem, se perder foi fraude.
Mas isso não significa que possa haver descuidos com segurança que precisa ser sempre aperfeiçoada, estar alguns passos na frente dos possíveis sabotadores.
Nesse caso, é preciso investimento. Preocupa-me que a decisão final esteja nas mãos de ministros com pouco familiaridade com o mundo digital
De qualquer maneira, foi uma festa democrática nas circunstâncias dramáticas de uma pandemia que costuma se repetir uma vez por século.
Um dos candidatos, como Maguito Vilela, de Goiânia, foi ao segundo turno e não pode acompanhar o resultado pois estava no Hospital Albert Einstein, respirando com ajuda.
A abstenção no Rio foi de 32,74%.
Bem pesada, cerca de 1 milhão e 500 mil pessoas deixaram de votar. Número bem maior do que o de eleitores de Eduardo Paes, o melhor colocado na disputa pela prefeitura.
A Câmara de Vereadores do Rio mudou pouco. Mas é possível ativar um grupo de 12 eleitos capazes de levar adiante alguma coisa boa para a cidade.
Hoje publiquei um artigo que muitos acham otimista pelas circunstâncias decadentes do Rio. Mas o artigo é sobre potenciais. Eles são muito grandes. Não dá para desanimar. Com a chegada da vacina podemos dar uma agitada geral nessa cidade.
O relativo fracasso de Bolsonaro me fez pensar. Durante muito tempo tenho batido na tecla de uma frente que possa derrotar Bolsonaro como Biden derrotou Trump.
Acontece que Bolsonaro está derretendo e pode acabar como Russomano em São Paulo. Isto é uma dádiva pois não há maturidade no Brasil para conviver com diferenças numa frente comum.
Tenho de pensar mais sobre isso.
Trabalhei muito no fim de semana. Há tempo para voltar ao assunto.
Fonte: Blog do Gabeira