Estamos à beira de um colapso no sistema de saúde. Muitos hospitais já não têm vagas. Mesmo os destinados às pessoas de classe média, como o Sírio Libanês e Albert Einstein estão lotados. Não há vagas nas UTIs, com gente precisando delas.
Os estados do Sul decretaram lockdown, os do Nordeste optaram por toque de recolher.
O cientista Miguel Nicolelis acha que apenas um lockdown nacional vai evitar um colapso maior nos hospitais e nas funerárias.
O próprio General Pazuello se deu conta de que a situação é grande e até mencionou as novas variantes que circulam no Brasil. Quando se dá conta de alguma coisa é porque ela já se tornou devastadora.
A propósito dos militares: os hospitais das forças armadas no Amazonas tinham capacidade ociosa no momento da crise em Manaus.
Provavelmente tenham capacidade ocioso em todo o Brasil.
Se houvesse uma liderança civil responsável e respeitosa já teria perguntado a Pazuello o que pode a estrutura hospitalar das Forças Armadas nesse momento de crise aguda.
Sexta simplifico o diário. Ontem, o Flamengo foi campeão. Muitas comemorações. Tenho algumas restrições à campanha do Flamengo. Mas não posso revelá-las porque de um modo geral a torcida sempre vê apenas o lado positivo.
O time do Flamengo é decadente em relação ao de 2019. Seu técnico é medíocre. Se enfrentar qualquer time médio europeu vai perder de 5 a 0. Aliás perdeu do São Paulo quatro vezes este ano.
Se não se derem conta da decadência, as coisas vão piorar em 2021. Falam da pandemia como se acontecesse apenas na Gávea: ela atingiu a todos.
Voltando ao que há de mais sério: é importante que todos tenham conhecimento da gravidade da situação. O vírus se espalha com mais rapidez e não há hospitais nem equipamentos, mesmo para aquelas pessoas que têm planos de saúde.
É importante não adoecer agora. Os que puderem fazer quarentena que o façam. É preciso proteger também aqueles que se deslocam no transporte público. Há gente sem máscara. Bolsonaro fez uma crítica às máscaras num momento em que as mortes diárias atingiram o pico.
Amanhã, se não acabar a vacina, é o dia de gente da minha idade. Mesmo me protegendo, estou muito preocupado com as pessoas que seguem desprotegidas.
Tempos difíceis. Vou usar o fim de semana para pensar um pouco melhor nisso. No ano passado, chegamos a trocar ideias e vários projetos de solidariedade vieram à tona. É preciso voltar ao tema.
Fonte: Blog do Gabeira